Últimos Dias em Havana (Últimos Días en la Habana)
País: Espanha/Cuba
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 92
min
Direção: Fernando
Perez
Elenco: Patricio
Wood, Jorge Martinez e Yailene Sierra.
Sinopse: Havana, Cuba. Miguel (Patricio Wood) tem 45
anos e passa seus dias sonhando em finalmente conseguir o visto necessário para
morar nos Estados Unidos. Ele trabalha como lavador de pratos e vive com outro
homem, Diego (Jorge Martínez), portador de HIV e com quem tem uma ligação muito
forte. Diego vê em Miguel uma base para permanecer de pé, mas a relação dos
dois é abalada quando Miguel recebe uma carta da embaixada norte-americana.
Crítica: uma obra primorosa sobre Cuba e seu povo. Um
retrato fiel (sem censura) sobre a vida no país que traz sentimentos
contraditórios – atração e repulsa, ódio e amor – e decisões opostas – ficar ou
ir embora.
Os personagens do longa são
interessantíssimos, até mesmo os que têm pouco tempo em cena. Cada um apresenta
uma característica inerente ao país.
As críticas aparecem no
modo de vida, nas moradias, nas vestimentas, nos subempregos, na falta de
dinheiro, nos carros velhos, nos móveis da casa, nas pichações da cidade.
Miguel (Patricio Wood) é o
cubano inconformado com a realidade. Não se adapta como a maioria dos cubanos
faz, como faz seu amigo Diego (Jorge Martínez, em uma performance
impressionante), doente e confinado a uma cama. Apesar dessa situação,
ironicamente Diego é mais vivo, mais gente, mais feliz.
Miguel espera todos os dias
que seu visto seja aprovado para ir morar nos Estados Unidos.
O filme é repleto de
ironias – ironias que tornam a vida como ela é: real.
“Últimos Dias em Havana” é um exercício cinematográfico que reúne conteúdo, beleza,
poesia e espirituosidade. Uma direção e uma produção exemplares para falar
sobre sentimentos, escolhas, oportunidades, livre-arbítrio.
Avaliação:
****
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