segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Corações de Ferro (Fury)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Guerra
Duração: 134 min
Direção: David Ayer
Elenco: Brad Pitt, Shia LeBeouf e Logan Lerman.

Sinopse: abril de 1945: um sargento do exército chamado Wardaddy comanda um tanque Sherman e leva 5 homens em uma missão mortal atrás de linhas inimigas.

Crítica: o filme poderia ser descrito como uma história de como a guerra transforma homens em monstros, mas é bem mais do que isso. Uma das ótimas falas de “Corações de Ferro” que, aliás, são muitas, mesclando sarcasmo e humor negro, é: “Ideais são pacifistas. A história é violência." Ela é dita pelo veterano Wardaddy (Brad Pitt, lembrando um pouco sua atuação em “Bastardos Inglórios”), quando da chegada de um jovem recruta e completamente inexperiente e que ainda não havia matado ninguém, Norman (Logan Lerman). Ingênuo, a zona de guerra o deixará aterrorizado.
E ele vai combater justamente com o grupo dos cinco combatentes liderados por "Wardaddy", considerado uma máquina de matar, principalmente, os homens da SS que matavam, inclusive, alemães que se recusavam a ajudar ou a lutar. Apelidado de Fury (fúria, nome original do filme), o tanque no qual se movem os soldados funciona como o lugar onde foram abolidas as razões humanas admitidas para derrotar o inimigo.
Ambientado durante a invasão das tropas aliadas ao território alemão na fase final da Segunda Guerra, o longa pertence à linhagem dos filmes de guerra que não acreditam em seus heróis. São homens que se esqueceram de como eram antes de estarem ali. Homens que não veem nenhuma esperança depois de tudo que já viram.
Aqui, o ponto de vista é negativo mesmo, sem heroísmo, gratificações, medalhas ou elogios à bravura. Afasta-se a ideia de que os americanos são protetores da humanidade. A barbárie deixa de ser a característica exclusiva dos nazistas que justifica sua destruição.
O perfeccionismo visual e o ritmo das cenas de ação são impressionantes, mas é a talentosa performance dos militares do Fury que criam a tensão e a expectativa esperada para um longa desse gênero, onde a escolha está entre Matar ou Morrer.
As melhores sequências são quando eles chegam a uma cidadezinha alemã, destruída pela guerra e entram em uma casa onde há 2 mulheres escondidas, e uma dentro do tanque, ao final da trama. Fazem o público se remexer em suas poltronas.  

Avaliação: ***

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