domingo, 15 de fevereiro de 2015

Grandes Olhos (Big Eyes)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama, biografia
Duração: 106 min
Direção: Tim Burton
Elenco: Amy Adams, Christoph Waltz e Krysten Ritter.

Sinopse: o drama apresenta a história real da pintora Margaret Keane, uma das artistas mais comercialmente rentáveis dos anos 1950 graças aos seus retratos de crianças com olhos grandes e assustadores. Defensora das causas feministas, ela teve que lutar contra o próprio marido no tribunal, já que o também pintor Walter Keane afirmava ser o verdadeiro autor de suas obras.

Crítica: Tim Burton sempre atrai muita gente ao cinema, mas aqui ele foge do estilo extravagante e faz algo mais convencional. Aposta na biografia de Margaret Keane, a artista plástica responsável por uma série de pinturas que foi uma das maiores sensações no mundo da arte durante os anos 50 e 60. Inegável não notar os olhos grandes nas suas figuras representadas de forma forte, gritante e impactante. No entanto, durante muito tempo a autoria dos quadros foi creditada a seu esposo – que também cuidava da divulgação e distribuição da obra. Anos depois, já separada de Walter, Margaret resolve processar o antigo companheiro e dar um fim às mentiras que carregou durante mais de uma década.
O filme tem um ótimo ritmo, a interpretação de Amy Adama é convincente, mas Burton errou na escolha do ator austríaco Christoph Waltz (famoso por sua atuação em “Bastardos Inglórios”) para viver o esposo Walter Keane que se aproveitou da timidez e insegurança de Margaret para se apropriar de seu talento. Numa época em que mulher não tinha vez nem voz, foi fácil para se passar como o grande artista (que se quer pintava), afinal obra de “mulher” não vendia.
Chistoph Waltz exagera no cinismo, carrega nas mesmas feições de personagens de outros filmes, confunde sarcasmo com excesso de caretas e, decididamente, não convence. E também não há qualquer química aparente que fizesse com que a pintora se apaixonasse por ele. Um erro que pesou na história já que é o par o fio condutor de toda a narrativa.
O que ainda salva o filme de um fiasco total é a história em si e o talento de Burton como diretor.

Avaliação: ***

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