quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Filhos da Noruega (Sons of Norway)

País: Noruega
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 88 min
Direção: Jens Lien
Elenco: Asmund Hoeg, Sven Nordin e Sonja Richter.

Sinopse: após um acidente, Magnus (Sven Nordin) e seu filho Nikolaj se mudam para um pequeno povoado na Noruega, onde a regra é a conformidade. Magnus tem a mente aberta, enquanto Nikolaj só quer ser rebelde. Eles conseguirão um equilíbrio?

Crítica: ambientada no final da década de 1970, a casa de Nikolaj é mostrada como a de uma família feliz e sem recalques, afinal seus pais não ficam constrangidos nem quando são surpreendidos fazendo sexo. Tudo poderia ser mais feliz na vida de Nikolaj (Åsmund Høeg) se ele não começasse a ter que enfrentar alguns valentões da escola, principalmente pelo seu corte de cabelo que aumenta os problemas do período pré-adolescente.
Mas o pior ainda estava por vir: a morte repentina da mãe Lone (Sonja Richter) após ser atropelada enquanto pedalava em uma rodovia. Surge, então, a rebeldia de Nikolaj, traço bastante comum no comportamento dos adolescentes, e o foco da trama que é como os pais devem lidar com ela. Aliás, neste caso, o pai é que terá um grande desafio pela frente, tendo em vista que a mãe não está mais presente.
O dócil Nikolaj se transforma, sobretudo devido à ausência do pai logo depois do falecimento da mãe. Absorto em seu sofrimento, esquece-se da responsabilidade de criar, educar, ensinar, amar. Nikolaj perde ainda mais quando seu irmão menor é levado por uma tia para melhor cuidar dele.
Sendo assim, ficam somente ele e o pai que, depois de não voltar ao local de trabalho, acaba sendo demitido.
Magnus (Sven Nordin) tenta não se chocar com as mudanças físicas e de comportamento do filho. E até o acompanha ele aos ensaios de um grupo funk, sua mais nova ocupação. No entanto, a estratégia de apoiar e nunca recriminar parece não estar funcionando.
Nikolaj fica mais agressivo, deixa de frequentar à escola, passa a fumar e a usar drogas, sem o menor sentido do que é certo ou errado.
Falta, portanto, o meio-termo, a balança para equilibrar a ação de pai e decidir quando é necessário ter uma conversa de verdade.
O afastamento provocado pela ausência da mãe foi imenso e recuperar a aproximação é a grande tarefa de um pai que ficou perdido diante de uma tragédia.  
Para aliviar um pouco o ar pesado do filme, a relação entre as diferentes ideologias/gerações aparece de forma bastante bem humorada quando, por exemplo, Magnus leva o filho para uma comunidade naturista. O diretor abusa, também, de cenas surreais com algumas alucinações que Nikolaj costuma ter quando pensa na vida, na mãe ou na sua onda punk.
Após um novo grande susto, Magnus precisa ter seu filho de volta para não perdê-lo também. O sentido de família que existia precisa renascer.
Destaque para a atuações dos atores que fazem pai e filho, principalmente a do menino com um olhar bastante expressivo, que diz mais do que as palavras. 

Avaliação: ***

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