segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Selma – Uma Luta pela Igualdade (Selma)

País: EUA
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 127 min
Direção: Ava DuVernay
Elenco: David Oyelowo, Tom Wilkinson, Tim Roth, Carmen Ejogo, Common, Giovanni Ribisi, Cuba Gooding Jr., e Oprah Winfrey.

Sinopse: cinebiografia do pastor protestante e ativista social Martin Luther King, Jr (David Oyelowo), que acompanha as históricas marchas realizadas por ele e manifestantes pacifistas em 1965, entre a cidade de Selma, no interior do Alabama, até a capital do estado, Montgomery, em busca de direitos eleitorais iguais para a comunidade afro-americana.

Crítica: “Selma” parte do acontecimento histórico para comentar sobre os problemas estadounidenses do hoje. O que difere esta cinebiografia das demais sobre Martin Luther King é a forma de enxergar a sua figura e influência no povo e na história. O filme retrata, tanto de forma abrangente quanto particular, os dilemas do negro no país, as intrigas políticas e seus efeitos na sociedade. À época, o presidente é Lyndon Johnson, propenso a ceder ao pedido de Luther King de direito ao voto para os negros, mas indeciso por medo de perder apoio político em meio a uma população racista em sua grande maioria.
No cenário de fundo, surgem o descontentamento com os gastos dos Estados Unidos com guerras em terras estrangeiras enquanto há americanos necessitados de ajuda no próprio solo nativo.
As manifestações públicas, sejam de ataque ou defesa dos direitos dos negros, pontuam os debates do campo político – e isolar King como principal orador da causa é uma ótima opção que o roteiro faz para mantê-lo como voz absoluta. David Oyelowo, que vive o importante líder do movimento dos direitos civis dos negros, está sublime no papel. A segurança ao falar nos discursos, o uso das palavras certas e a presença como homem influente são perfeitamente convincentes.
Malcolm X, porta-voz da filosofia Black Power, e o Partido dos Panteras Negras, também movimentos influentes naquele período em prol dos direitos dos negros, ainda que através de outros meios, são bem pontuados para dar embasamento à história.
As passeatas pacíficas sempre rebatidas pela violência policial chocam e provocam reações e ganham adeptos que se mostram contrários às injustiças. Telefones grampeados pelo FBI tentavam desmantelar qualquer sinal ou iniciativa de protesto, sendo forte aí a presença de John Edgar Hoover, chefe da agência federal de investigação.  
Desde que havia sido agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1964, Luther King podia votar, mas o que ele queria era estender esse direito a todos os seus companheiros também.
É uma luta difícil, pessoas pagam com a vida até que, enfim, o direito ao voto é concedido (em 1965), até que negros possam representar o povo no Congresso Nacional Americano.
Sem dúvida, o longa emociona e comove. Não é todo dia que temos um líder de massas como Luther King, sábio, sereno e defensor da não violência, sendo que seu povo era exatamente sempre tratado de forma violenta e preconceituosa. Ele soube conduzir massas em momentos de calamidade e impulsionar a mudança.
Uma vitória lenta, pedra sobre pedra, como diz um de seus seguidores, quando juntos foram presos em uma cela por, simplesmente, tentarem protestar.
As três marchas de Selma a Montgomery (85 km) de 1965 são retratadas no filme, sendo a primeira conhecida como “Domingo Sangrento” (“Bloody Sunday”, em inglês), onde a violência das tropas militares do Alabama é brutal e divulgada por toda a mídia.

Avaliação: ****

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