segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Jimmy's Hall

País: Reino Unido
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 109 min
Direção: Ken Loach
Elenco: Barry Ward, Simone Kirby, Andrew Scott, Jim Norton, Francis Magee e Brían F. O'Byrne.

Sinopse: conta a história de Jimmy Gralton (Barry Ward), líder comunista irlandês, que desafiou a Igreja Católica questionando sua censura à liberdade de expressão. Gralton gerou discórdia ao inaugurar um espaço para as pessoas debaterem, aprenderem e, sobretudo, dançarem. A trama retoma o período em que o rapaz volta a seu país natal, após ter passado dez anos em Nova York.

Crítica: Jimmy’s Hall, mais recente trabalho de Ken Loach, mostra uma Irlanda na busca pelo processo de liberdade. É início do século XX, e o país luta para se tornar independente da coroa inglesa. A divergência resulta na guerra civil. Neste clima, a primeira cena nos apresenta a Jimmy Gralton (Barry Ward), quando o protagonista retorna à cidade natal (Leitrim), no interior do país, depois de 10 anos em Nova York.
Interpretado por Barry Ward e inspirado em uma história real, Gralton é o estereótipo do homem a enfrentar a sociedade, na luta do bem contra o mal. É recebido de forma calorosa por amigos e vizinhos e, por sua mãe, claro, que vive numa pequena casa de poucos hectares de terra.
Cobrado por todos para reabrir o salão onde desenvolviam-se atividades de arte (pintura, leitura e música), lazer (aulas de jazz, que aprendeu na América) e esporte (box), gratuitamente e com a colaboração de voluntários, ele acaba cedendo, porém terá que enfrentar a ignorância do padre Sheridam (Jim Norton), aliado a elite fascista e anticomunista.
Gralton tinha ideais comunistas, acreditava na distribuição de terras, era ateu, mas, sobretudo, defendia a liberdade individual.
As ameaças então começam, pessoas são presas e interrogadas e o salão, depois de reconstruído, é incendiado. A polícia decide perseguir Gralton, que para eles seria a razão de todos os problemas, o prende e o deporta para os Estados Unidos, impedido de retornar ao seu país, o que de fato ocorre.
Apesar de a história ser baseada em fatos reais, faltou mais conteúdo e emoção à trama que fosse capaz de envolver totalmente o espectador. Ken Loach, o diretor sempre crítico, aqui “pega leve” e faz uma abrangência mais superficial do momento difícil que as pessoas enfrentam quando a liberdade é impedida de existir por ações de ditadores que usam como artifícios motivações religiosas ou políticas.
A interpretação de Barry Ward é satisfatória, contudo faltou dar mais espaço para os coadjuvantes que tinham papel relevante na trajetória do protagonista. O maior destaque fica com Oonah (Simone Kirby), por quem alimenta uma antiga paixão.

Avaliação: ***

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