quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Matar ou Morrer (High Noon)

País: EUA
Ano: 1952
Gênero: Faroeste
Duração: 85 min
Direção: Fred Zinnemann
Elenco: Gary Cooper, Grace Kelly, Thomas Mitchell, Lloyd Bridges, Ian MacDonald, Otto Kruger, Katy Jurado, Lon Chaney Jr. e Harry Morgan.

Sinopse: Will Kane (Gary Cooper) é um xerife que fica sabendo na hora de seu casamento que ao meio-dia chegará um trem trazendo Frank Miller (Ian MacDonald), um criminoso que mandou para a cadeia e planeja se vingar. Apesar de Amy (Grace Kelly), sua noiva quaker, argumentar que devem ir embora, ele acha que fugirá para sempre se não enfrentar a situação. A população (com raras exceções) se refugia sem ajudá-lo, apesar dele pedir aos cidadãos para enfrentarem o pistoleiro e seus cúmplices.

Crítica: não é uma grande história, mas um dos faroestes mais tensos do cinema e este é seu grande mérito. Prende a atenção do espectador do início ao fim, com muito suspense (que ganha muito aqui com a trilha sonora adequada) e boas atuações, principalmente de Gary Cooper que, apesar de seu personagem ser um homem resoluto, que não pretende abrir mão de seu orgulho frente aos foras-da-lei, ele se destaca por mostrar-se humano, alguém com medo, que hesita e que precisa de ajuda.
Vale também lembrar que não é dado nenhum tiro até a sequência final, comprovando a competência do diretor em envolver o público mesmo assim. 
Quando o filme tem início, Kane está se casando com a bela Amy (Grace Kelly) e se preparando para deixar a cidade e o cargo de delegado. Ele já serviu aquela comunidade com extrema competência, tendo sido o `melhor delegado que eles tiveram ou que terão`, como diz um dos proeminentes membros da sociedade local. No entanto, neste dia chegam ao lugarejo três famosos foras-da-lei, que se dirigem diretamente à estação de trem. Um deles é irmão de um terrível assassino que foi preso por Kane cinco anos antes. Quando o delegado recebe um telegrama informando que o bandido foi libertado, já não restam dúvidas: ele vai chegar no trem do meio-dia, o que explica a presença dos outros três sujeitos na estação (e o título original do filme).
Imediatamente todos insistem para que Kane deixe logo a cidade, afinal já são 10h40 e em uma hora e vinte minutos o trem que traz o assassino chegará à estação. Impulsivamente, o delegado parte com sua esposa, porém retorna- logo depois, pois não consegue fugir.
O tempo é outro aspecto fundamental para este faroeste. Os minutos transcorrem, na tela, quase em tempo real. Constantemente um relógio surge a fim de lembrar a Kane e ao espectador a urgência da situação. O minuto final, antes da chegada do trem é uma pequena obra-de-arte que deve ser lembrada na história do cinema.
A atuação de Cooper nesse longa rendeu-lhe seu segundo Oscar de Melhor Ator. O primeiro foi em Sergeant York (Sargento York), de 1941.

Avaliação: ****

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