quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Os Incompreendidos (Les Quatre Cents Coups)

País: França
Ano: 1959
Gênero: Drama
Duração: 99 min
Direção: François Truffaut
Elenco: Jean-Pierre Léaud, Claire Maurier, Albert Rémy e Guy Decomble.

Sinopse: Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) é o filho negligenciado de Gilberte Doinel (Claire Maurier), que parece ter tempo para tudo menos o bem-estar da criança. Julien Doinel (Albert Rémy) não é o pai biológico, mas cria o menino como se fosse seu filho. Gilberte está tendo um caso e não se surpreende quando, por acaso, Julien fica sabendo que Antoine não está indo à aula, pois ela sabia que na hora do colégio o filho a tinha visto com seu amante. A situação se agrava quando Antoine, para justificar sua ausência no colégio, "mata" a mãe. Quando seus pais aparecem na escola, a verdade é descoberta e Julien o esbofeteia na frente de seus colegas. Após isto ele foge de casa e arruma um lugar para dormir. Paralelamente seus pais culpam um ao outro pelo comportamento dele, após lerem a carta na qual ele se despede. No outro dia Antoine vai à escola normalmente. Lá sua mãe o encontra e se mostra preocupada por ele ter passado a noite em uma gráfica. Ela alegremente o aceita de volta, mas os problemas não acabam. Antoine se desentende com um professor, que o acusa de plagiar Balzac. Como ele odeia a escola, sai de casa de novo e para viver é obrigado a fazer pequenos roubos.

Crítica: o longa foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro e deu a Truffaut o prêmio de melhor diretor em Cannes.
Além da excelente direção, a história universal sobre as relações humanas, em especial retratando no campo familiar e infanto-juvenil, é muito bem dirigida e comovente.
O protagonista é Doinel (Jean-Pierre Léaud) que tenta se adaptar à difícil relação com os pais e à rigidez da escola. Ele quer atenção, mas não tem. Sua solidão incomoda e o persegue do início ao fim. Aos poucos, compreendemos suas pequenas infrações.
A atuação de Léaud é incrivelmente convincente, assim como dos demais meninos, sobretudo de seu melhor amigo. A mãe também ganha destaque na trama.
A narrativa dinâmica, a câmera acompanhando os rápidos movimentos, a filmagem externa – são sinais do cinema moderno que estava por vir.
Truffaut surpreende e nos emociona. O final é duro, mas realista.

Avaliação: ****

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