quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Quando os Irmãos se Defrontam (The Ugly American)

País: EUA
Ano: 1963
Gênero: Drama
Duração: 115 min
Direção: George Englund
Elenco: Marlon Brando, Eiji Okada, Arthur Hill, Jocelyn Brando, Pat Hingle e Sandra Church.

Sinopse: um inteligente e articulado acadêmico Harrison MacWhite (Marlon Brando), passa por uma hostil audiência com os conservadores do senado Americano e termina nomeado como embaixador da fictícia nação do Sarkão, um país no sudeste asiático que caminha em uma tênue linha entre a guerra civil e uma tensa paz. Apesar de tida a sua sabedoria, uma vez que ele chega lá, MacWhite só consegue enxergar o conflito entre os EUA e o Comunismo, e não consegue aceitar que se use o sentimento "antiamericano" para estimular autodeterminação e o sentimento nacionalista nas pessoas. Tomado por uma raiva despropositada, ele corta relações com seu amigo Deong (Eiji Okada), líder oposicionista local, e descarta todos os conselhos de seus aliados, forçando suas vontades contra a população local. Mas até quanto Mac White manterá as vendas do egoísmo em seus olhos, e continuará ignorando o sofrimento que causa a todos ao seu redor?

Crítica: o filme é de 1962, pós-revolução cubana e representa uma esquerda democrática que, na época, estava preocupada com a radicalização de Fidel Castro, sim, mas também com a intransigência com que os EUA, em plena Guerra Fria, se ligavam a regimes ditatoriais para conter o avanço comunista.
Marlon Brando (Harrison MacWhite), como embaixador da nação fictícia Sarkão, está em um de seus melhores papéis. A caracterização (de bigode) e o figurino também ajudaram a torná-lo mais convincente. O filme tem início com ele dialogando com políticos conservadores sobre sua ida ao país, sobre sua pretensão de ser nomeado embaixador e sobre sua admiração e respeito por Deong, nativo de Sarkão, seu conhecido há algum tempo.
Mas chegando lá, os dois com visões políticas distintas, acabam entrando em conflito. MacWhite abusa do poder que lhe deram e fica cego diante das evidências. Sua união parceria com o Primeiro Ministro do país acaba gerando uma violência incontrolável.
Ao final, há o reconhecimento dos erros e limites na estratégia geopolítica norte-americana por meio de uma entrevista à TV. No entanto, os americanos não aparecem muito interessados. Uma crítica inteligente.
O texto é bom, porém as atuações (com exceção da de Brando) deixam a desejar.

Avaliação: ***

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