quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Sede de Viver (Lust for Life)

País: EUA
Ano: 1956
Gênero: Drama, biografia
Duração: 122 min
Direção: Vincente Minnelli e George Cukor
Elenco: Kirk Doulgas, Anthony Quinn, James Donald, Pamela Brown, Everett Sloane, Niall MacGinnis e Toni Gerry.

Sinopse: Girassóis de um laranja vibrante. Campos de trigo amarelos ondulando. Exuberantes árvores com copas brancas. Vincent Van Gogh dizia que os quadros chegavam até ele como em um sonho. Um sonho que frequentemente despedaçava sua vida como um pesadelo. Kirk Douglas interpreta o artista dividido entre a prodigiosa inspiração do seu gênio e a angustiante escuridão de uma mente atormentada. O obcecado Van Gogh pintou o modo como outros homens respiram, se despojando de família e amizades, incluindo a amizade com o também artista Paul Gauguin.

Crítica: para quem aprecia Van Gogh o filme é obrigatório. Não melhor que a obra literária, pois a biografia do pintor escrita por David Haziot é sublime.
Mas o filme tenta ater-se à obra e retratar o complexo Van Gogh que tentou até ser pastor, seguindo os passos do pai que não o compreendia, antes de dedicar-se totalmente à arte.
O pintor holandês teve uma vida dura. Não fosse a ajuda do irmão Theo, suas obras não seriam hoje conhecidas. Infelizmente, Van Gogh morreu cedo sem ver o reconhecimento em vida. Sua pintura impressionista (e que não seguia padrões da época) não era bem aceita ainda.
Tinha pouco dinheiro e autoestima baixa, mudava-se com frequência atrás de inspiração e calma (para sua inquietude), era tímido, carente, vivia em cabarés atrás de alguma companhia, alimentava-se mal e chegou a ser internado (a seu pedido) em um manicômio. Tal fase piorou após a presença de Gauguin, com quem dividiu por um tempo uma espécie de ateliê. A amizade não foi benéfica para Van Gogh.
O longa faz uma volta completa em sua trajetória. O final é um pouco acelerado. Muitas de suas obras são mostradas – o que faz com que tenhamos a impressão de estarmos vendo Van Gogh em pleno trabalho. Kirk Douglas surpreende na atuação e, também, na caracterização (os cabelos ruivos ajudam na semelhança). Já James Donald (como Theo) e Anthony Quinn (no papel de Gauguin) deixam a desejar. O personagem de Theo, por exemplo, poderia ter sido melhor explorado, tendo em vista que quase tudo que se sabe sobre Van Gogh está nas cartas trocadas entre os irmãos. 

Avaliação: ***

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