Suplício de uma Alma (Beyond a Reasonable Doubt)
País: EUA
Ano: 1956
Gênero: Drama/Policial
Duração: 80
min
Direção: Fritz Lang
Elenco: Dana Andrews, Sidney Blackmer, Joan Fontaine, Barbara
Nichols e Arthur Franz.
Sinopse: Austin (Sidney Blackmer), que é contra a pena
de morte, convence seu futuro genro Garrett (Dana Andrews) a assumir a culpa
por crime, para explorar os meandros do sistema penal americano. Ele promete
salvá-lo, com provas cabais de sua inocência, ao final do julgamento. No
entanto, algo inesperado acontece e muda o rumo da situação, deixando Garrett à
mercê da sorte.
Crítica: o diretor austríaco, que deixou uma forte
marca na história do cinema, influenciando diretores tão significativos como
Alfred Hitchcock, Luis Buñuel e Orson Welles, nos presenteia em “Suplício de
uma Alma” (o título original é melhor: “Além de uma Dúvida Razoável”) com uma
trama inteligente, fascinante e, acima de tudo, surpreendente.
A princípio, a película parece
uma denúncia contra a pena de morte, mas é muito mais do que isso. Aliás, a
primeira cena é alguém sendo levado para a cadeira elétrica.
O plano bolado pelo
escritor Tom Garrett (Dana Andrews) e seu futuro sogro e ex-patrão, o
jornalista Austin Spencer, não sai como planejado, abrindo espaço para várias
reviravoltas.
Alguns personagens vão ganhando
espaço durante a trama, como é o caso de Dolly Monroe (Barbara Nichols), dançarina
de um cabaré e Bob Hale (Arthur Franz), assistente do promotor que é apaixonado
pela noiva de Garrett, Susan (vivida por Joan Fontaine).
Além do excelente roteiro,
dinâmico e intrigante, há detalhes interessantes, ainda mais se considerando que
o filme é de uma época onde os pormenores não costumavam ser valorizados nas cenas,
o que, felizmente, não é o caso do cinema de Fritz Lang.
Numa das sequências Bob
Hale é enviado pelo chefe a Miami, para investigar o passado da vítima Patty
Gray. Lá ele entrevista o dono de uma boate, onde Patty havia trabalhado anos
atrás. Faz um calor insuportável na cidade. Os dois sofrem com a temperatura
alta. Há um ventilador ligado bem perto deles. Então, o dono da boate pega uma
grande barra de gelo e a coloca diante do ventilador, enquanto responde às perguntas
de Bob sobre a ex-funcionária. Ou seja, um ar condicionado manual.
Uma cena curiosa!
Avaliação:
***
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