quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Suplício de uma Alma (Beyond a Reasonable Doubt)

País: EUA
Ano: 1956
Gênero: Drama/Policial
Duração: 80 min
Direção: Fritz Lang
Elenco: Dana Andrews, Sidney Blackmer, Joan Fontaine, Barbara Nichols e Arthur Franz.

Sinopse: Austin (Sidney Blackmer), que é contra a pena de morte, convence seu futuro genro Garrett (Dana Andrews) a assumir a culpa por crime, para explorar os meandros do sistema penal americano. Ele promete salvá-lo, com provas cabais de sua inocência, ao final do julgamento. No entanto, algo inesperado acontece e muda o rumo da situação, deixando Garrett à mercê da sorte.

Crítica: o diretor austríaco, que deixou uma forte marca na história do cinema, influenciando diretores tão significativos como Alfred Hitchcock, Luis Buñuel e Orson Welles, nos presenteia em “Suplício de uma Alma” (o título original é melhor: “Além de uma Dúvida Razoável”) com uma trama inteligente, fascinante e, acima de tudo, surpreendente.
A princípio, a película parece uma denúncia contra a pena de morte, mas é muito mais do que isso. Aliás, a primeira cena é alguém sendo levado para a cadeira elétrica.
O plano bolado pelo escritor Tom Garrett (Dana Andrews) e seu futuro sogro e ex-patrão, o jornalista Austin Spencer, não sai como planejado, abrindo espaço para várias reviravoltas.
Alguns personagens vão ganhando espaço durante a trama, como é o caso de Dolly Monroe (Barbara Nichols), dançarina de um cabaré e Bob Hale (Arthur Franz), assistente do promotor que é apaixonado pela noiva de Garrett, Susan (vivida por Joan Fontaine).
Além do excelente roteiro, dinâmico e intrigante, há detalhes interessantes, ainda mais se considerando que o filme é de uma época onde os pormenores não costumavam ser valorizados nas cenas, o que, felizmente, não é o caso do cinema de Fritz Lang.
Numa das sequências Bob Hale é enviado pelo chefe a Miami, para investigar o passado da vítima Patty Gray. Lá ele entrevista o dono de uma boate, onde Patty havia trabalhado anos atrás. Faz um calor insuportável na cidade. Os dois sofrem com a temperatura alta. Há um ventilador ligado bem perto deles. Então, o dono da boate pega uma grande barra de gelo e a coloca diante do ventilador, enquanto responde às perguntas de Bob sobre a ex-funcionária. Ou seja, um ar condicionado manual.
Uma cena curiosa!

Avaliação: ***

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