Tanna
País: Vanuatu/Austrália
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 104
min
Direção: Bentley Dean e
Martin Butler
Elenco: Marie Wawa,
Mungau Dain, Marceline Rofit e Charlie Kahla.
Sinopse: em uma remota sociedade tribal, a jovem Wawa
se apaixona por Dain, mas é oferecida em noivado em uma oferta de paz a outra
tribo. Desesperados, os jovens precisam decidir entre fugir e ser felizes
juntos ou zelar pelo futuro de sua tribo.
Crítica: poucos são os filmes no cinema que realmente
nos tocam e deixam marcas. “Tanna” é um deles e o que o torna ainda mais valioso
é a universalidade da história. Um drama de amor contado com singeleza (mas profundo)
e graça. Localizado na Oceania, na região da Melanésia (próximo às ilhas Fiji e
à Austrália), o arquipélago de 83 ilhas impressiona pela beleza: praias, vulcões (ativos) e vegetação densa.
E para a trama a paisagem
não é um simples adorno, mas peça fundamental para retratar os costumes locais,
a rivalidade entre duas tribos e o amor de Wawa e Dain, ameaçado pela tradição
dos casamentos arranjados. A trilha sonora também é um importante aspecto no longa-metragem
e foi precisamente escolhida, dando um toque peculiar a cada cena.
Todos os atores são nativos
(e pasmem – a performance é impressionante). Selin, a irmã caçula de Wawa,
rouba a cena, com um semblante extremamente cativante.
As expressões dos
sentimentos e os diálogos (em língua nativa – bislamá) entre os parentes ou
entre os xamãs são carregados de simbolismos e mensagens infinitamente sábias.
São povos em extinção, não
só pelos costumes que preservaram, mas por terem valores nobres e terem resistido
à colonização e à tentação do dinheiro, como um dos próprios líderes da tribo
comenta.
É um filme intenso, que nos
ensina que a paz ainda é possível. Infelizmente, perdeu o Oscar de Melhor Filme
Estrangeiro para “O Apartamento” (Irã).
Avaliação:
*****
0 comentários:
Postar um comentário