A Menina que Roubava Livros (The Book Thief)
País: EUA/Alemanha
Ano:
2013
Gênero: Drama
Duração: 132
min
Direção: Brian
Percival
Elenco: Geoffrey
Rush, Emily Watson e Sophie Nélisse.
Sinopse: garota precisa morar com outra família na
Alemanha da Segunda Guerra Mundial. A mudança de casa e a nova vida transformam a trajetória da jovem e das pessoas ao redor.
Crítica: a tão divulgada adaptação cinematográfica do
best-seller “A Menina que Roubava Livros” pode decepcionar os mais exigentes. O filme é bom, mas
longe de ser inesquecível ou marcante, o que comprova o quão distante ficou da
obra literária, uma das melhores que já li.
A ambientação da Segunda
Guerra Mundial amenizada em seus horrores e a indefinição entre os diálogos
em inglês ou em alemão interferem de forma negativa na veracidade da história,
não deixando que o espectador mergulhe de cabeça no contexto.
Outra falha é o não
envelhecimento das crianças que ficam iguais com o passar do tempo.
A “morte” que é quem narra
a história no livro e, por isso mesmo, o fio condutor da trama, não ganha o
destaque merecido e, portanto, enfraquece o filme. As inúmeras vezes em que
Liesel (Sophie Nelisse) entrava na biblioteca da casa do prefeito pra roubar
livros, descritas com maestria na obra literária, também são pouco retratadas.
No campo das atuações, a
que mais merece elogios é de Geoffrey Rush, conhecido por personagens
extravagantes, mas que aqui demonstra habilidade como o “papa”, um homem comum
e sensível que ajuda a filha a aprender a ler e que não compartilha das ideias
nazistas, tanto que esconde um jovem judeu no porão de sua casa.
Emily Watson (Rosa Hubermann) também está
perfeita como mãe e mulher dura que esconde seu lado humano. Ela encarna o papel
clichê, sem transformá-lo em algo caricato. Sophie Nelisse, como Liesel, tem um
olhar expressivo e conduz-se bem na trama.
Mesmo com as falhas, é um
trabalho que merece ser visto e deve arrancar lágrimas do mais emotivos.
Avaliação:***
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