A Pele de Vênus (La Vénus à la Fourrure)
País: França
Ano:
2015
Gênero: Comédia
dramática
Duração: 93
min
Direção: Roman
Polanski
Elenco: Emmanuelle
Seigner e Mathieu Amalric.
Sinopse: a trama gira em torno de Vanda (Emmanuelle
Seigner), atriz que se esforça para convencer o diretor Thomas (Mathieu
Amalric) de que ela é a pessoa ideal para interpretar a protagonista de sua
mais nova peça, inspirada em obra de Sacher Masoch.
Crítica: baseado em peça de David Ives, que por sua vez
é inspirada em romance de Leopold von Sacher-Masoch, o longa é um incrível
exercício narrativo. A montagem, o design de produção e trilha sonora completam,
de forma primorosa, essa obra de arte.
O elenco enxuto, com apenas
dois atores, dá a narrativa todo o poder de prender a atenção do espectador. O
texto é impactante e a atuação de Emmanuelle Seigner (a melhor de sua carreira)
é inesquecível. Ela vive Vanda, uma atriz louca para conseguir um papel na nova
adaptação para os palcos do escritor Thomas (Mathieu Amalric). Inicialmente,
Thomas não está nada disposto a deixar Vanda fazer seu teste, mas acaba
convencido. Na sequência, acaba jogado para dentro da história e passa encenar
a trama ao seu lado.
Ela é inconveniente,
instável e sedutora. Ele é clássico e inseguro em vários sentidos. Ambos
adentram em um jogo de cena em que características de ator e personagem irão se
misturar.
O domínio em cena é total e,
entre o drama e a comédia, o filme é inteligente ao construir momentos em que eles
saem de forma abrupta da peça para realizar comentários sobre o texto, o
cenário e até suas vidas pessoais.
É um cinema teatral que
exige muita ousadia e talento, o que Polanski já demonstrou ter em outro ótimo
filme (Deus da Carnificina, de 2012).
Avaliação: ****
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