Um Senhor Estagiário (The Intern)
País: EUA
Ano:
2015
Gênero: Comédia
Duração: 121
min
Direção: Nancy
Meyers
Elenco: Robert
De Niro, Anne Hathaway, Rene Russo e Adam DeVine.
Sinopse: Jules Ostin (Anne Hathaway) é a criadora de um
bem-sucedido site de venda de roupas que, apesar de ter apenas 18 meses, já tem
mais de duas centenas de funcionários. Ela leva uma vida bastante atarefada,
devido às exigências do cargo e ao fato de gostar de manter contato com o
público. Quando sua empresa inicia um projeto de contratar idosos como
estagiários, em uma tentativa de colocá-los de volta à ativa, cabe a ela
trabalhar com o viúvo Ben Whittaker (Robert De Niro). Aos 70 anos, Ben leva uma
vida monótona e vê o estágio como uma oportunidade de se reinventar. Por mais
que enfrente o inevitável choque de gerações, logo ele conquista os colegas de
trabalho e se aproxima cada vez mais de Jules, que passa a vê-lo como um amigo.
Crítica: à primeira vista, o tema do longa é o conflito
de gerações. De um lado, há a superativa chefe descolada da empresa nascida na
internet, antenada com as maravilhas do mundo moderno (Anne Hathaway no papel
de Jules Ostin). Do outro, há o senhor de 70 anos, viúvo e entediado, mas
sábio, que se empolga com a oportunidade de voltar a ser estagiário para ter
com o que se ocupar (Robert De Niro como Ben Whittaker). Ambos em atuações
convincentes.
São várias as situações
criadas a partir do inevitável choque de gerações, algumas intencionalmente
direcionadas para provocar o riso fácil do espectador, como a pergunta sobre
onde pretende estar daqui a 10 anos ou a questão das listas telefônicas. Mas o
filme não é sobre as diferenças no modo de vida atual em relação ao de décadas
atrás, nem sobre recomeçar a vida aos 70 anos. Trata-se de uma trama sobre a
mulher moderna, dividida entre as funções de trabalhadora, esposa e mãe, com
todas as benesses e dificuldades que cada uma delas lhe traz. É o que revela a
bela cena já no terço final do longa-metragem, em que Hathaway e De Niro
conversam em um quarto de hotel. Falam sobre a vida, inseguranças, sonhos e
revelam neuroses. É quando o filme cresce, deixando para trás as piadas
simplórias. A fantasia do mundo “perfeito” enfim desmorona, dando boas-vindas à
realidade, mas ainda sim tudo é contado com leveza e bom humor.
Avaliação:
***
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