Deus Branco (White God)
País: Hungria/Alemanha/Suécia
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 121
min
Direção: Kornél
Mundruczó
Elenco: Zsófia
Psotta, Sándor Zsótér e Lili Horváth.
Sinopse: em uma sociedade distópica em que a criação de
cachorros implica no pagamento de uma taxa especial, Lili (Zsófia Psotta), uma
menina de 13 anos, tenta reencontrar seu melhor amigo canino após seu pai
(Sándor Zsótér) raptá-lo.
Crítica: há tempos não assistia a um filme que pessoas
não conseguem vê-lo e saem logo no início da sessão.
Após a cena inicial da mãe
se despedindo de Lili porque irá passar um tempo fora com o atual marido e
deixando-a com seu cão Hagen aos cuidados do pai, a história toma um rumo
cruel, sobretudo para o cão.
O pai não suporta cães e o
convívio com a filha torna-se insuportável. O pagamento de uma taxa para cães
que não sejam de raça (mestiços ou vira-latas) é a “desculpa” que ele encontra
para não permanecer com Hagen em seu apartamento. Ao não aceitar pagar o valor,
Lili é separada de seu cão, o que desencadeará uma série de acontecimentos trágicos
sem volta.
Além da dor da separação,
vimos até que ponto um humano é capaz de chegar para ganhar dinheiro. Hagen
passa por várias pessoas e maus-tratos (o que realmente é difícil de assistir).
Mas também vimos como alguém se acostuma rápido com tal ausência, demonstrando
certa insensibilidade.
É uma crítica voraz aos
humanos que parecem ter perdido todo e qualquer valor “humano”.
O desenrolar da história é
atípico, ganhando até mesmo um ar de terror (o que talvez não agrade todos,
pelo tom exagerado), e parece mostrar que nós podemos ser os próximos em
extinção.
O grande potencial do longa
é que os protagonistas são os cães. E para as filmagens, mais de 200 foram
treinados. Tecnicamente, o filme é perfeito.
Avaliação: ***
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