domingo, 14 de fevereiro de 2016

Linguagem do Coração (Marie Heurtin)

País: França
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 95 min
Direção: Jean-Pierre Améris
Elenco: Isabelle Carré, Ariana Rivoire, Brigitte Catillon e Noemie Churlet.

Sinopse: baseado em uma história real, Marie Heurtin (Ariana Rivoire) é uma moça que nasceu cega e surda. Vivendo em seu próprio mundo, sem conseguir se comunicar, o pai dela a manda para um internato. Lá a jovem conhece Marie Margueritte (Isabelle Carré), uma freira que resolve adotar a menina como se fosse uma filha. Ganhando a confiança de Marie Heurtin e usando da sua fé, a freira a ensina como se expressar apesar das suas limitações.

Crítica: a história de Marie Heurtin, cega e surda e incapaz de se comunicar, ganha vida nessa eficiente adaptação cinematográfica. A trama se passa em 1895, em Poitiers, França.
As atuações são formidáveis, sobretudo de Ariana Rivoire como Maire Heurtin e Isabelle Carré como a freira Marie Margueritte.
Sua determinação em ensinar e educar a jovem cega e surda é impressionante. Ela não podia se esquecer do comportamento acuado e agressivo, de alguém que nunca teve contato com o mundo, a não ser com seus pais e a natureza ao redor de sua humilde casa, na primeira vez em que a viu quando o pai tentou deixá-la na Instituição Larnay, da Congregação das Filhas da Sabedoria. Decidiu, então, buscá-la em sua casa.
Heurtin não trocava de roupa, não vestia sapatos, não tomava banho e nem penteava os cabelos e reagia com pontapés a qualquer tentativa de toque de alguém. Sequer sabia sentar à mesa ou usar talheres para comer. Depois de 8 meses na instituição, é que Marie começou a dar sinais de progresso. Daí em diante, queria aprender tudo. Durante esse período, recebe a visita dos pais que mal podem crer como a filha melhorou.
Infelizmente, sua educadora fica doente, vai tratar-se em outro lugar, interrompendo seu aprendizado por algum tempo. Ao retornar, confessa que tem uma doença grave e que vai morrer, mas pede a Marie Heurtin que prometa que continuará estudando. 
Inicialmente reservado para jovens surdas, em 1860, a Instituição recebeu a primeira surda cega, Germaine Cambon; em seguida, em 1875, Marthe Obrecht; e depois Marie Heurtin em 1895.
A instituição rapidamente foi se tornando um centro reconhecido, graças ao trabalho da Irmã Sainte-Marguerite e aos seus métodos de ensino inovadores que promoveram um grande progresso em crianças surdo-cegas, antes totalmente isoladas do mundo.
Louis Arnould, professor na Universidade de Poitiers, publicou em 1900 um livro dedicado ao caso de Marie Heurtin sob o título “Heurtin – Uma alma na prisão”. O livro foi reimpresso muitas vezes e estendido para o caso de Anne-Marie Poyet Heurtin em 1907 e de Marta, irmã de Marie em 1910, com o título de “Prisão, a escola francesa para surdo-mudo-cego”. A publicação trouxe fama internacional para o Instituto Larnay e sua metodologia de ensino.
O legado de Margheritte é inestimável. Heurtin ensinou várias outras crianças com o mesmo método que a ajudou a se desenvolver.

Avaliação: ***

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