O Vale do Amor (Valley of Love)
País: França/Bélgica
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 93
min
Direção: Guillaume
Nicloux
Elenco: Isabelle
Huppert, Gérard Depardieu e Dan Warner.
Sinopse: Isabelle (Isabelle Huppert) e Gérard (Gerard Depardieu)
formam um casal de meia idade que perdeu o filho há seis meses. Ainda em fase
de luto, eles encontram uma curiosa carta do falecido pedindo para encontrá-los
no Vale da Morte, nos Estados Unidos. Intrigados, eles aceitam fazer a viagem e
comparecer ao encontro. Esta é a terceira vez que
Isabelle Huppert e Gérard Depardieu atuam juntos, após Les Valseuses (1974) e
Loulou (1980).
Crítica: os filmes franceses costumam ter um
diferencial: texto interessante, excelentes atuações (aqui, dois mestres do
cinema – Huppert e Depardieu) e um ritmo totalmente à parte das grandes
produções blockbuster.
Uma história simples de
amor, decepção, separação, frustração, arrependimento, enfim, sentimentos tão
humanos e tão presentes em nossas vidas. Na trama, o filho distante se suicida
e deixa uma carta.
Até demoramos alguns
instantes para perceber que eles são, na verdade, um ex-casal. Eles interpretam
atores de cinema, que seriam eles mesmos, e que precisam atender a um último
pedido do filho morto.
Eles, hoje, têm outra vida,
outra família e outros filhos. Mas precisam lidar com esse passado para virar a
página. A culpa tem parte nisso e, aos poucos, vamos sabendo como foi a
separação do casal e do filho. Huppert deixou o filho aos 7 anos com o pai e
foi morar na França. Gérard, sem tempo para cuidar dele, o levou a um orfanato.
Quando adulto, o contato era mínimo. E nada sabiam um do outro.
Recebeu duas cartas (uma
para ele e outra para a ex-esposa) do rapaz que vivia com seu filho.
As cartas falam de amor,
dor, mágoa, e dão orientações para os pais estarem em uma determinada data no
Vale da Morte (deserto de Mojave, Califórnia), onde o filho garante que poderá
ser visto pela última vez. Aliás, vale destacar a espetacular fotografia do filme.
Os pais não imaginavam se
encontrarem novamente, motivados por uma situação como esta.
O desenrolar da história,
com um pouco de suspense, mas, sobretudo, com conversas acaloradas, é o que há
de melhor. Enquanto que o desfecho dependerá das crenças e opiniões de cada um.
Por isso, reforço que as atuações e os diálogos são aspectos positivos que valorizam
a trama e valem o ingresso.
Avaliação:
***
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