domingo, 24 de abril de 2016

A Pedra de Paciência (Syngué Sabour)

País: França/Alemanha/Afeganistão
Ano: 2014
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Atiq Rahimi
Elenco: Golshifteh Farahani, Hamidreza Javdan, Hassina Burgan e Massi Mrowat.

Sinopse: no Afeganistão, um herói de guerra em estado vegetativo, após um acidente em que levou uma bala no pescoço, é abandonado pelos companheiros do Jihad e por seus irmãos. Sua mulher o observa em um quarto decadente e começa uma confissão solitária, falando sobre sua infância, seus sofrimentos, sua solidão e seus sonhos. Por meio de suas palavras para o marido, ela procura um caminho para recomeçar a vida.

Crítica: filme escolhido pelo Afeganistão para concorrer ao Oscar 2014 de melhor filme estrangeiro, “A Pedra de Paciência” é, na verdade, quase um monólogo. Golshifteh Farahani (indicada ao César de atriz revelação por esse papel) é uma mulher que revela vários segredos e desejos ao marido que está em estado vegetativo, depois dele ter sido ferido à bala ao tentar defender a própria honra.
A cultura popular daquele país prega que, ao se deparar com uma pedra no caminho, você deve descarregar no mineral todas as suas angústias. E depois que a pedra se quebrar, você estará livre. Fica óbvio, desde que a parábola é revelada, que o marido é a pedra de paciência na vida dessa mulher. Mas, ao conversar com ele, ela denuncia – não sem culpa – a condição da mulher muçulmana oprimida residente em um país em guerra. Essa escolha do diretor de como revelar os segredos e angústias de uma mulher casada há 10 anos com um homem que mal a conhece e a toca foi muito acertada.
A participação de coadjuvantes, como a sua tia e um soldado afegão, contribuem para o desenvolvimento da trama, que é basicamente centrada em Farahani.
Pisando em tabus, o filme tem cenas grandiosas e um texto que garante a atenção do espectador.

Avaliação: ****

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