A Pedra de Paciência (Syngué Sabour)
País: França/Alemanha/Afeganistão
Ano:
2014
Gênero: Drama
Duração: 103
min
Direção: Atiq
Rahimi
Elenco: Golshifteh
Farahani, Hamidreza Javdan, Hassina Burgan e Massi Mrowat.
Sinopse: no Afeganistão, um herói de guerra em estado
vegetativo, após um acidente em que levou uma bala no pescoço, é abandonado
pelos companheiros do Jihad e por seus irmãos. Sua mulher o observa em um
quarto decadente e começa uma confissão solitária, falando sobre sua infância,
seus sofrimentos, sua solidão e seus sonhos. Por meio de suas palavras para o
marido, ela procura um caminho para recomeçar a vida.
Crítica: filme escolhido pelo Afeganistão para
concorrer ao Oscar 2014 de melhor filme estrangeiro, “A Pedra de Paciência” é,
na verdade, quase um monólogo. Golshifteh Farahani (indicada ao César de atriz
revelação por esse papel) é uma mulher que revela vários segredos e desejos ao
marido que está em estado vegetativo, depois dele ter sido ferido à bala ao
tentar defender a própria honra.
A cultura popular daquele
país prega que, ao se deparar com uma pedra no caminho, você deve descarregar
no mineral todas as suas angústias. E depois que a pedra se quebrar, você
estará livre. Fica óbvio, desde que a parábola é revelada, que o marido é a
pedra de paciência na vida dessa mulher. Mas, ao conversar com ele, ela
denuncia – não sem culpa – a condição da mulher muçulmana oprimida residente em
um país em guerra. Essa escolha do diretor de como revelar os segredos e angústias
de uma mulher casada há 10 anos com um homem que mal a conhece e a toca foi
muito acertada.
A participação de coadjuvantes,
como a sua tia e um soldado afegão, contribuem para o desenvolvimento da trama,
que é basicamente centrada em Farahani.
Pisando em tabus, o filme tem
cenas grandiosas e um texto que garante a atenção do espectador.
Avaliação:
****
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