Amor por Direito (Freeheld)
País: EUA
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 104
min
Direção: Peter
Sollett
Elenco: Julianne Moore, Ellen Page, Michael Shannon,
Steve Carell, Luke Grimes, Josh Charles e Dennis Boutsikaris.
Sinopse: a policial de New Jersey Laurel Hester
(Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um
relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com
uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os
benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se
recusam a reconhecer a relação homoafetiva.
Crítica: a trama baseia-se no drama pessoal de Laurel
Hester (a excelente Julianne Moore).
A policial Laurel é uma profissional
admirada pela competência, com 23 anos de dedicação à corporação de Nova Jersey,
e, por essa razão, esconde o fato de ser homossexual. Tudo muda quando conhece Stacie
Andree (Ellen Page) e decide viver com ela. Compram uma casa com quintal para reformá-la,
um cachorro e casam-se (união estável).
De repente, Laurel sente
algumas dores e faz exames de rotina, a pedido da companheira. É aí que descobre
estar com um câncer no pulmão em estágio terminal. Diante do tratamento que dá
poucos resultados e vendo o tempo esvair-se, começa sua luta para deixar a casa
recém-comprada e revitalizada para Stacie.
Num casamento hetero, a
transferência dos benefícios para o parceiro sobrevivente é normal, mas nos
Estados Unidos em 2002 o mesmo não valia para casais gays.
É emocionante ver a
determinação de Laurel. Ela precisou participar de várias reuniões com seus
superiores, apelar para a imprensa e para a ajuda de ativistas como Steven (Steve
Carrell), hilário no personagem gay e judeu. Relevante foi ainda o apoio do parceiro
de trabalho, Dane Wells (Michael Shannon, com ótima atuação), que tenta convencer
os demais colegas da importância da causa de Laurel.
Em meio à doença, o trabalho
da policial ganha destaque com o decorrer de investigações, soluções de casos e
promoção da função.
Os conselheiros da
corporação resistem o quanto podem utilizando argumentos que vão desde o
burocrático (nunca antes na história dessa corporação) até o financeiro (mais
gasto para a instituição), negando sucessivamente o apelo da veterana. Tudo só
muda quando o ativista gay usa seus contatos políticos.
O filme vai no cerne da
polêmica para, pouco a pouco, desmascarar os argumentos – em geral religiosos
e/ou hipócritas – dos freehelders. Facilita o fato do conselheiro Bryan Kelder (Josh
Charles), ainda que timidamente, ser propenso a defender a causa da policial
Papel e do ativista gay Steven ter influentes contatos políticos.
Não é um filme marcante, mas
louvável pela história que conta: a busca pela igualdade de direitos. Essa
vitória foi apenas local. Vagarosamente, outros locais foram seguindo esse
caminho. E, somente em 2015, a Corte Suprema dos EUA legalizou o casamento gay
em todo o país, obrigando estados com legislações contrárias à união de casais
do mesmo sexo a aderirem à nova lei.
Avaliação:
***
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