domingo, 24 de abril de 2016

Amor por Direito (Freeheld)

País: EUA
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Peter Sollett
Elenco: Julianne Moore, Ellen Page, Michael Shannon, Steve Carell, Luke Grimes, Josh Charles e Dennis Boutsikaris.

Sinopse: a policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page) estão em um relacionamento sério. O mundo delas desmorona quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal. Como sinal de amor, ela quer que Stacie receba os benefícios da pensão da polícia após a sua morte, só que as autoridades se recusam a reconhecer a relação homoafetiva.

Crítica: a trama baseia-se no drama pessoal de Laurel Hester (a excelente Julianne Moore).  
A policial Laurel é uma profissional admirada pela competência, com 23 anos de dedicação à corporação de Nova Jersey, e, por essa razão, esconde o fato de ser homossexual. Tudo muda quando conhece Stacie Andree (Ellen Page) e decide viver com ela. Compram uma casa com quintal para reformá-la, um cachorro e casam-se (união estável).
De repente, Laurel sente algumas dores e faz exames de rotina, a pedido da companheira. É aí que descobre estar com um câncer no pulmão em estágio terminal. Diante do tratamento que dá poucos resultados e vendo o tempo esvair-se, começa sua luta para deixar a casa recém-comprada e revitalizada para Stacie.
Num casamento hetero, a transferência dos benefícios para o parceiro sobrevivente é normal, mas nos Estados Unidos em 2002 o mesmo não valia para casais gays.
É emocionante ver a determinação de Laurel. Ela precisou participar de várias reuniões com seus superiores, apelar para a imprensa e para a ajuda de ativistas como Steven (Steve Carrell), hilário no personagem gay e judeu. Relevante foi ainda o apoio do parceiro de trabalho, Dane Wells (Michael Shannon, com ótima atuação), que tenta convencer os demais colegas da importância da causa de Laurel.
Em meio à doença, o trabalho da policial ganha destaque com o decorrer de investigações, soluções de casos e promoção da função.
Os conselheiros da corporação resistem o quanto podem utilizando argumentos que vão desde o burocrático (nunca antes na história dessa corporação) até o financeiro (mais gasto para a instituição), negando sucessivamente o apelo da veterana. Tudo só muda quando o ativista gay usa seus contatos políticos.
O filme vai no cerne da polêmica para, pouco a pouco, desmascarar os argumentos – em geral religiosos e/ou hipócritas – dos freehelders. Facilita o fato do conselheiro Bryan Kelder (Josh Charles), ainda que timidamente, ser propenso a defender a causa da policial Papel e do ativista gay Steven ter influentes contatos políticos.
Não é um filme marcante, mas louvável pela história que conta: a busca pela igualdade de direitos. Essa vitória foi apenas local. Vagarosamente, outros locais foram seguindo esse caminho. E, somente em 2015, a Corte Suprema dos EUA legalizou o casamento gay em todo o país, obrigando estados com legislações contrárias à união de casais do mesmo sexo a aderirem à nova lei.

Avaliação: ***

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