domingo, 24 de abril de 2016

The Lobster

País: Grécia/ Reino unido/ Holanda/ Irlanda/ França/ EUA
Ano: 2014
Gênero: Ficção científica
Duração: 119 min
Direção: Yorgos Lanthimos
Elenco: Colin Farrell, Rachel Weisz, Jessica Barden, Olivia Colman, Ashley Jensen, Ariane Labed, Léa Seydoux, Ben Whishaw e John C. Reilly.

Sinopse: em um futuro próximo, uma lei proíbe que as pessoas fiquem solteiras. Qualquer homem ou mulher que não estiver em um relacionamento é preso e enviado ao Hotel, onde terá 45 dias para encontrar um(a) parceiro(a). Caso não encontrem ninguém, eles são transformados em um animal de sua preferência e soltos no meio da floresta. Neste contexto, um homem se apaixona em plena floresta  algo proibido, de acordo com o sistema.

Crítica: o diretor grego Yorgos Lanthimos analisa, de forma ácida, os relacionamentos humanos em um futuro distópico, onde tudo é controlado por regras rígidas.
A história é bizarra e choca desde o início, quando uma mulher desce do carro que dirige e mata um burro com três tiros.
Depois dessa cena chocante, surge Colin Farrell, irreconhecível não só pela aparência como pela atuação formidável, que não é exatamente o seu perfil nos filmes hollywoodianos.
Nesse futuro próximo em que se passa a trama, as pessoas são proibidas de viverem sozinhas. Caso se tornem solteiras, são logo encaminhadas a um hotel especial. Lá podem permanecer por até 45 dias e, neste período, são incentivadas de todo tipo a encontrar um novo parceiro para toda a vida entre os próprios hóspedes. Caso não consiga, é transformada em um animal – qualquer animal – que a própria pessoa escolhe e, a partir de então, vive solta na natureza.
A lagosta do título original é o animal escolhido por Colin Farrell, que acaba de chegar ao hotel. O ator tem um semblante sempre desanimado, decorrente da recente separação. É a partir de sua estadia no lugar que o espectador tem a chance de conhecer as peculiaridades de seu funcionamento, a começar pelo questionário repleto de sarcasmo. Assim também é todo o filme, cheio de situações surreais, diálogos absurdos e muito humor negro que, por mais que surpreendam, possuem uma certa lógica dentro deste universo todo regrado e, às vezes, politicamente incorreto.
The Lobster aborda com propriedade a questão do livre arbítrio nos relacionamentos amorosos. É interessante notar que, por mais que haja várias atividades de incentivo entre os hóspedes do hotel, todas soam bastante artificiais. Mesmo os novos casais jamais aparentam uma normalidade, até mesmo pelas condições em que foram formados. Há no filme uma exaltação à artificialidade que se contrapõe à punição da naturalidade. É um mundo estranho, retratado com muita criatividade.
O filme tem uma queda de ritmo no segundo ato, quando o personagem de Farrell precisa mudar de ambiente e as coisas se confundem um pouco. Apenas quando Rachel Weisz enfim deixa a narração em off para assumir um papel diante da tela é que o filme, mais uma vez, ganha fôlego.
As interpretações de Weisz e de Farrell são excelentes, mas a instabilidade da trama agradará poucos cinéfilos.


Avaliação: **

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