De Onde Eu te Vejo
País: Brasil
Ano:
2016
Gênero: Romance
Duração: 90
min
Direção: Luiz
Villaça
Elenco: Denise Fraga, Domingos Montagner, Manoela
Aliperti, Marisa Orth, Marcello Airoldi, Laura Cardoso, Juca de Oliveira.
Sinopse: Ana Lúcia (Denise Fraga) e Fábio (Domingos
Montagner) decidem se separar após vinte anos de casamento e ele se muda para
um apartamento do outro lado da rua. Além da separação, eles passam por uma
crise no trabalho e precisam enfrentar a iminente mudança de cidade da filha.
Com todas essas mudanças, eles precisam aprender a viver essa nova realidade e
reinventar o amor.
Crítica: não é um filme inesquecível, mas tem uma boa
produção, uma história que vale a pena ser contada e um elenco que cumpre a
tarefa, inclusive os coadjuvantes.
A trama é centrada no casal
Ana (Denise Fraga) e Fábio (Domingos Montagner, primeiro papel de destaque no
cinema), que decide se separar depois de 20 anos de relacionamento, e passam a
morar em prédios separados, porém um de frente para o outro, janela como
janela, separados pela mesma rua. Ao mesmo tempo, a filha Manu (Manoela
Aliperti), em idade de prestar vestibular, está prestes a sair de casa.
Boa parte do tempo, Ana
(que, obcecada por novidades, é quem propõe a separação) e Fábio (a parte que
acata a decisão) passam às turras, brigando como adolescentes, simulando cenas
de ciúmes. A dupla mantém o bom nível do filme, sem apelações ou cenas
ridículas.
Os atores embarcam com uma
incrível verossimilhança no perfil de seus personagens, ajudados pelos
convincentes diálogos do texto. E seria injusto não citar Manoela Aliperti
(Manu), uma verdadeira revelação no filme.
O que seria o conflito
central (os dois voltarão a ficar juntos ou não?) pouco importa. A delícia está
em acompanhar os momentos, os detalhes, as situações, ora dramáticas, mas,
sobretudo cômicas, com um toque de melancolia.
A cidade de São Paulo é
(muito) usada com delicadeza para pontuar a história, principalmente por meio
do viés arquitetônico e das transformações urbanísticas – e sai na foto como
homenageada, sem que haja um esforço para isso.
Além da bela fotografia, a
câmera explora ângulos incomuns e o resultado na tela é satisfatório.
No enredo, surgem Marisa
Orth (interpretação natural) como a amiga do casal; Marcello Airoldi (um
possível interesse amoroso de Ana), Laura Cardoso (uma senhora solitária que
resiste à especulação imobiliária) e Juca de Oliveira (como o dono do cinema).
Não acrescentam muito, mas servem para cumprir tabela.
Em suma, um filme sensível
e com uma forma suave de retratar o desgaste de uma relação de 20 anos, onde
muita gente vai se identificar.
Avaliação:
***
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