Decisão de Risco (Eyes in the Sky)
País: Reino
Unido
Ano:
2016
Gênero: Suspense
Duração: 142
min
Direção: Gavin
Hood
Elenco: Helen
Mirren, Aaron Paul, Alan Rickman e Barkhad Abdi.
Sinopse: o encontro de três perigosos terroristas em
Nairóbi, no Quênia, faz com que uma elaborada operação seja coordenada
diretamente da Inglaterra. É lá que a coronel Katherine Powell (Helen Mirren) e
o general Frank Benson (Alan Rickman) acompanham os movimentos dos alvos,
através de um avião-drone estrategicamente posicionado para que não seja
detectado por radares inimigos. Inicialmente a operação seria para capturá-los,
mas a descoberta de dois homens-bomba faz com que o objetivo mude para
eliminá-los a qualquer custo. Inicia então um debate interno, envolvendo o lado
militar e também o político, sobre como agir causando o mínimo possível de
danos colaterais.
Crítica: Qual o preço de uma vida? Vale a pena
sacrificar uma criança para evitar a provável morte de outras pessoas? Essa é a
grande discussão apresentada em “Decisão de Risco”, drama que mostra uma visão
diferente da guerra e os interesses que estão na mesa antes de uma atitude ser
tomada.
O espectador acompanha de
perto o processo burocrático e minucioso de uma ação conjunta dos exércitos
britânico e estadunidense diante do inimigo. Dentro de uma casa estão alguns
dos nomes de uma temida lista de procurados, os quais incluem cidadãos desses
próprios países. Esses terroristas aparentemente pretendem realizar um ataque
com dois homens bombas naquele mesmo dia. Problema: uma operação que antes era
de captura passa a ser de assassinato. No entanto, se enviarem um míssil, a
explosão mata todos da casa e potencialmente uma menina (Aisha Takow) que está
próxima ao local. Se não fizerem nada, homens bomba atacam uma grande área
comercial e matam centenas de pessoas.
O dilema é bem explorado na
trama. Temos os EUA, que querem eliminar os nomes da lista não importa como; a
coronel Powell (Helen Mirren), que quer evitar um novo atentado terrorista a
qualquer custo e finalmente pegar aqueles nomes; e a conselheira Northman
(Monica Dolan), que é contra qualquer tipo de ofensiva que resulte em mortes e
quer poupar a vida da criança. Nós também vimos a tarefa difícil dos dois
soldados americanos que são responsáveis por monitorar e soltar o míssil caso
recebam ordens. E outras pessoas de patente maior na política também serão
consultadas, antes da decisão final.
É interessante ver as
razões de cada um e o jogo de interesses em questão. Todos temem ser
responsáveis por algo que pode não dar certo, ou seja, não ter boa repercussão
na mídia e no mundo.
As atuações são eficientes
e o filme é muito bem produzido. Talvez o que não seja tão convincente seja a parte
em que um dos soldados, responsável por liberar o míssil, questiona a decisão de
sua superior, a coronel Powell. Não que isso seja impossível, mas no mundo em
que vivemos, ameaçado pelo fanatismo dos terroristas, é difícil imaginar um
americano tendo dúvidas sobre se os fins justificam os meios.
De qualquer maneira, o
longa-metragem (que tem um desfecho duro, como não poderia deixar de ser) é
importante pelo debate que levanta.
Avaliação:
***
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