Nise – O Coração da Loucura
País: Brasil
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 108
min
Direção: Roberto
Berliner
Elenco: Glória Pires, Simone Mazzer, Julio Adrião,
Claudio Jaborandy, Fabrício Boliveira, Roney Villela, Flavio Bauraqui, Bernardo
Marinho, Augusto Madeira, Felipe Rocha, Roberta Rodrigues, Georgiana Góes,
Fernando Eiras e Charles Fricks.
Sinopse: ao voltar a trabalhar em um hospital
psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise
da Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes
que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus
colegas de trabalho discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a
ela assumir o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma
nova forma de lidar com os pacientes, através do amor e da arte.
Crítica: o filme conta um período da vida de Nise da
Silveira, uma das primeiras mulheres brasileiras a se formar em medicina, quando
retorna à atividade (depois de um tempo afastada) no Centro Psiquiátrico de Engenho
de Dentro, no Rio de Janeiro.
Nise se recusa a empregar métodos
brutos, como o eletrochoque, a insulinoterapia e a lobotomia no tratamento dos
esquizofrênicos. Isolada pelos médicos, resta a ela assumir o abandonado Setor
de Terapêutica Ocupacional (STO), onde inicia um trabalho revolucionário. Deixa
os “clientes” como insistia em chamá-los à vontade, conversa, dá atenção, bani
por completo o tratamento agressivo, antes utilizado pelos enfermeiros, e com a
ajuda de um colega incitam os esquizofrênicos a pintarem. É a parte mais interessante
do filme. As obras que surgem são incríveis e dignas de admiração. Um crítico
de arte é chamado para avaliar e até uma exposição ocorre.
Enquanto isso, passeios ao
ar livre, atividades de autoconhecimento e até festa junina faz com que essas
pessoas se sintam humanas, úteis e vivas novamente.
É claro que a resistência
do outro lado – médicos contrários aos procedimentos da médica Nise – ganharam forma
e, algumas vezes, de maneira bem cruel.
No entanto, só uma grande
história não basta para o cinema. O elenco principal é um desastre, inclusive a
atuação de Gloria Pires, com falas forçadas, diálogos decorados e uma
interpretação amadora, bem distante de trabalhos anteriores. E filme sem boas
atuações não é filme, é uma tentativa de filmar. Se não convence, não emociona.
Ao final, é mostrada uma
pequena entrevista com a verdadeira Nise e fotos de alguns dos esquizofrênicos “artistas”
por ela tratados.
Nise morreu em 30 de
outubro de 1999, deixando um grande legado que poucos conheciam: dedicou sua
vida a tratar os pacientes de um hospital psiquiátrico, tentando dar uma vida
digna a todos eles – vistos pela sociedade como uma escória.
Avaliação:
**
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