Elle
País: França
Ano:
2015
Gênero: Suspense
Duração: 130
min
Direção: Paul
Verhoeven
Elenco: Isabelle Huppert, Laurent Lafitte e Anne
Consigny.
Sinopse: Michèle (Isabelle Huppert) é a executiva-chefe
de uma empresa de videogames, a qual administra do mesmo jeito que administra
sua vida amorosa e sentimental: com mão de ferro, organizando tudo de maneira
precisa e ordenada. Sua rotina é quebrada quando ela é atacada por um
desconhecido, dentro de sua própria casa. No entanto, ela decide não deixar que
isso a abale. O problema é que o agressor misterioso ainda não desistiu dela.
Crítica: Paul Verhoeven é um cineasta de vários gêneros:
ficção científica, drama, guerra e suspense. Em “Elle” toda a trama é
fortemente conduzida pelo suspense e mistério, onde o que parece ser não é, até
determinado momento, quando parte dele se revela, mas, mesmo assim, com uma
verdade pouco convencional.
A surpresa é o ponto forte
da história onde as pessoas mostram seus desejos mais íntimos e seu caráter, por
vezes, desprezível ou execrável. É este comportamento que eleva a atuação de
Isabelle Huppert (como Michèlle), geralmente em papeis frágeis, e de contexto
mais familiar (com exceção de “Mulheres Diabólicas”, de 1995). Suas atitudes instigam
o aumento de inimigos, somando a isso a sombra do pai (hoje preso) que matou
várias pessoas num ataque psicopata.
Numa tentativa de livrar
sua imagem dessa tragédia, ela constrói sua vida particular e profissional.
Fria, segura, arrogante e manipuladora, ela tem mais ainda a retratar. Por
exemplo, surpreende seus amigos ao contar que foi violentada (de forma calma,
durante um jantar) e que não denunciou o ataque à polícia, no intuito de ser
vingar sozinha do malfeitor.
Um suspense, sem dúvida, bem
narrado, com cenas violentas e cruéis, e com um desfecho, como não poderia
deixar de ser, definido por Michèle (inteligente e perspicaz). Para quem gosta
do gênero, é um prato cheio.
Avaliação:
***
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