domingo, 27 de novembro de 2016

Viva

País: Irlanda/Cuba
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Paddy Breathnach
Elenco: Jorge Perugorría, Luis Alberto Garcia, Héctor Medina Valdés e Renata Maikel Machin Blanco.

Sinopse: Jesus (Héctor Medina) é um garoto cubano de 18 anos tentando descobrir sua identidade. Incerto sobre o seu futuro, ele faz a maquiagem em um clube de drag queens de Havana onde sonha em ser um performer. Quando finalmente tem a chance de subir no palco, ele é agredido pelo pai, Angel (Jorge Perugorría), um ex-boxeador ausente da sua vida por 15 anos após ter sido preso. Perante o conflito entre os dois, eles lutam para entender um ao outro.

Crítica: o filme aposta na sensibilidade para comover o espectador e na crítica para denunciar os preconceitos ao homossexualismo.
Foca a narrativa em Jesus (em ótima performance de Héctor Medina, sobretudo quando ele se traveste e se apresenta no palco), que perdeu a mãe, é pobre (vivendo de “bicos”) e tem um pai presidiário que retorna para casa só para tornar sua vida ainda pior.
O espectador acompanha seu sofrimento diante de um pai opressor e alcoólatra, de uma amiga que o trai, das poucas possibilidades que tem na vida e da difícil decisão de aceitar quem realmente ele é.
Seu grande apoio é Mama (Luis Alberto Garcia, em uma performance que rouba a cena), uma drag queen que o ajuda financeiramente e emocionalmente.
A trajetória de Jesus é difícil e o filme reforça bem isso, como também justifica os atos do pai e da amiga como sendo perdoáveis por não saberem o que estavam fazendo, quando sabemos que a redenção vem mais por conveniência do que por arrependimento de fato.
Essa parte da trama poderia ter tido outro caminho, menos melodramático e com uma mensagem menos simbólica ou religiosa.

Avaliação: ***

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