segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Fukushima, Mon Amour (Grüsse Aus Fukushima)

País: Alemanha
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 104 min
Direção: Doris Dörrie
Elenco: Rosalie Thomass, Kaori Momoi, Nami Kamata e Moshe Cohen.

Sinopse: Marie (Rosalie Thomass) é uma jovem alemã em Fukushima tentando mudar de vida. Ela passa a trabalhar para a organização Clowns4Help, com a qual espera levar alguma alegria para os sobreviventes do desastre nuclear de 2011. Marie logo percebe, no entanto, que não tem muito talento para fazer a tragédia ser menos penosa. Ao invés de ir embora, ela decide ficar com Satomi (Kaori Momoi), última gueixa de Fukushima, que decidiu por conta própria voltar para sua antiga casa em uma área radioativa isolada. Duas mulheres muito diferentes entre si, presas ao passado e que precisam se libertar da culpa e do peso da memória.

Crítica: o filme todo em preto e branco (a exemplo de “A Fita Branca”, de 2009) foi uma escolha acertada da diretora que parecia querer dar maior destaque à vida sombria e triste de duas mulheres, que sofrem por razões distintas, mas ambas com muita intensidade e sem saber como se livrar da dor.
A convivência entre elas surge quando Marie decide ficar em Fukushima, no Japão, ajudando Satomi a restaurar parte da sua casa, destruída pelo desastre nuclear de 2001 e ainda com alto índice de radiação.
A escolha do lugar de trabalho por Marie (como voluntária em uma ONG), a princípio, foi para fugir dos seus problemas na Alemanha, ao romper um noivado. A amizade com Satomi vem muito depois, e não é nada fácil. Satomi é uma mulher dura, fechada, crítica e tem opiniões bem distintas das de Marie, sobre tudo.
O choque de culturas é inevitável, mas isso acaba por uni-las e, aos poucos, ganham confiança para fazer confidências.
Culpas, remorsos e arrependimentos trarão à baila muitas verdades. O tempo que passam juntas é tão enriquecedor e gratificante que nos perguntamos como se consegue transpor tudo isso para a tela sem ser enfadonho. Pelo contrário, você se sente atraído por cada sorriso, cada avanço dessa relação. A resposta é: só um grande talento como o de Doris Dörrie (do aclamado Hanami – Cerejeiras em Flor, de 2008) é capaz de possibilitar tamanho presente ao expectador.
Um filme para todos e para toda a vida.

Avaliação: ****

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