Mimosas
País: Marrocos/França/Espanha/Catar
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 93
min
Direção: Oliver
Laxe
Elenco: Ahmed
Hammoud, Shakib Ben Omar, Said Aagl e Ikram Zelaoui.
Sinopse: uma caravana leva um xeque moribundo pela
parte marroquina da cordilheira do Atlas. Seu último desejo é ser enterrado na
cidade medieval de Sijilmasa, mas a morte não espera. Said e Ahmed dizem que
conhecem o caminho e prometem levar o corpo do soberano ao destino. Em outro
mundo, Shakib é escolhido para sua primeira missão: ajudar os viajantes a
cumprir a palavra que deram.
Crítica: estamos diante de uma jornada de nômades
árabes, que atravessam regiões inóspitas e sobre as quais é difícil se
locomover, com a intenção de chegar a uma determinada cidade. Com a morte do
Xeique a caravana, a missão se desvia e passa a ter outro propósito: dar o
descanso merecido ao velho homem morto, enterrando-o em um lugar por ele
escolhido, perto dos seus. Só que há muito mais coisas em jogo do que apenas um
enterro nessa viagem.
A trama se passa na
Cordilheira do Atlas, em sua parte marroquina, e tem propósitos que
dificilmente estarão claros para o espectador, à primeira vista.
Há um prólogo e três
capítulos no filme, cada um representando um tipo de posição do indivíduo
perante Deus e os homens, ora como sinal de devoção e fé, ora como sinal de
humildade.
É inegável que a relação do
espaço geográfico com a vida das pessoas que trabalham, vivem ou percorrem
esses lugares é bastante explorada na trama. A saga através das montanhas do
Marrocos revela cenários de vegetação rala, de rochas cobertas de neve, regiões
desérticas, rios e estradas de terra. Mas em contraponto a essa natureza real,
está o simbolismo religioso, onde uma espécie de anjo da guarda entra em cena e
passa a conduzir a narrativa.
Os diálogos enveredam para
uma discussão a respeito do que acontece com o corpo após a morte, de encontrar
Deus ou não, da existência da fé, dos valores morais/ religiosos e das
tradições islâmicas mescladas com a cultura marroquina.
Desse ponto em diante,
mesmo com a divisão de capítulos, a narração não parece bem esquematizada e a
opção por cenas não lineares desviam o acompanhamento da história pelo espectador,
quebrando a premissa do lado místico para dar seguimento à trama.
Avaliação:
**
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