domingo, 27 de novembro de 2016

Mimosas

País: Marrocos/França/Espanha/Catar
Ano: 2015
Gênero: Drama
Duração: 93 min
Direção: Oliver Laxe
Elenco: Ahmed Hammoud, Shakib Ben Omar, Said Aagl e Ikram Zelaoui.

Sinopse: uma caravana leva um xeque moribundo pela parte marroquina da cordilheira do Atlas. Seu último desejo é ser enterrado na cidade medieval de Sijilmasa, mas a morte não espera. Said e Ahmed dizem que conhecem o caminho e prometem levar o corpo do soberano ao destino. Em outro mundo, Shakib é escolhido para sua primeira missão: ajudar os viajantes a cumprir a palavra que deram.

Crítica: estamos diante de uma jornada de nômades árabes, que atravessam regiões inóspitas e sobre as quais é difícil se locomover, com a intenção de chegar a uma determinada cidade. Com a morte do Xeique a caravana, a missão se desvia e passa a ter outro propósito: dar o descanso merecido ao velho homem morto, enterrando-o em um lugar por ele escolhido, perto dos seus. Só que há muito mais coisas em jogo do que apenas um enterro nessa viagem.
A trama se passa na Cordilheira do Atlas, em sua parte marroquina, e tem propósitos que dificilmente estarão claros para o espectador, à primeira vista.
Há um prólogo e três capítulos no filme, cada um representando um tipo de posição do indivíduo perante Deus e os homens, ora como sinal de devoção e fé, ora como sinal de humildade.
É inegável que a relação do espaço geográfico com a vida das pessoas que trabalham, vivem ou percorrem esses lugares é bastante explorada na trama. A saga através das montanhas do Marrocos revela cenários de vegetação rala, de rochas cobertas de neve, regiões desérticas, rios e estradas de terra. Mas em contraponto a essa natureza real, está o simbolismo religioso, onde uma espécie de anjo da guarda entra em cena e passa a conduzir a narrativa.
Os diálogos enveredam para uma discussão a respeito do que acontece com o corpo após a morte, de encontrar Deus ou não, da existência da fé, dos valores morais/ religiosos e das tradições islâmicas mescladas com a cultura marroquina.
Desse ponto em diante, mesmo com a divisão de capítulos, a narração não parece bem esquematizada e a opção por cenas não lineares desviam o acompanhamento da história pelo espectador, quebrando a premissa do lado místico para dar seguimento à trama.

Avaliação: **

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