Sonar
País:
Bélgica/França
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 105
min
Direção: Jean-Philippe Martin
Elenco: Baptiste Sornin, Eminé Meyrem, Bernie
Bonvoisin e Naidra Ayadi.
Sinopse: Thomas (Baptiste Sornin), um engenheiro de
som, vive em um estúdio com Wyatt, seu patrão alcoólatra. Isolado com seus
sons, ele convive com as memórias dolorosas de uma antiga relação e não faz
mais o que ama: retratos sonoros. Amina (Eminé Meyrem), uma jovem mulher
marroquina, invade a vida dele para, ao que parece, fugir da sua própria. Não
demora para que ela se torne o tema ideal de um desses retratos. Mas para
descobrir quem Amina realmente é, Thomas terá que levar seu microfone dos
subúrbios franceses ao Marrocos e aprender a ouvir novamente.
Crítica: o filme usa o som para aproximar pessoas.
Thomas, um rapaz fechado e retraído, tem sua vida virada do avesso com o
aparecimento de Amina. Ao defendê-la do ataque de outro homem, ele a ajuda e a
acolhe em sua casa. O que seria por poucos dias ganha um prazo maior.
Mas a aproximação também os
distancia – cada um no seu mundo particular de lembranças e passados.
Não é por Amina que Thomas
conhece sua vida (já que ela nunca permite muita aproximação e sempre parece
esconder algo). Ele parte para o Marrocos, quando ela desaparece por um tempo,
e entra em contato com sua família e seu povo. Lá capta sons do país e de sua
gente, registrando como é a vida no Marrocos, mas, principalmente, conversa com
os pais (com o pai ela não tem mais contato), irmãos e amigas de Amina, a fim
de saber quem realmente ela é e o que a fez partir para a Bélgica, onde se encontraram.
Essa viagem permite que ele
aprenda a ouvir, a sentir e a conhecer-se melhor também.
Um filme de autoconhecimento,
de amizade, de respeito ao próximo – sem ser melodramático. A fotografia e a
trilha sonora são componentes que se destacam na trama e completam o conjunto
da obra.
Avaliação: ***
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