Além das Palavras (A Quiet Passion)
País: Reino
Unido/Bélgica
Ano:
2016
Gênero: Biografia
Duração: 125
min
Direção: Terence
Davies
Elenco: Cynthia Nixon,
Jennifer Ehle, Jodhi May e Keith Carradine.
Sinopse: baseado na história de vida e no trabalho da
grande poetisa americana Emily Dickinson (Cynthia Nixon), acompanhamos seu
trajeto desde os primeiros dias como uma jovem estudante até seus últimos anos
como uma artista reclusa e quase irreconhecida. Uma mulher tímida, mas com
ótimo senso de humor e amizades intensas. Emily escrevia praticamente um poema
por dia, porém, apenas parte da sua obra foi publicada em vida.
Crítica: o filme não faz juz à vida da poetisa Emily
Dickinson (1830-1886), conhecida como a “Grande Reclusa”. Nascida em uma
família de poder aquisitivo alto, tinha uma irmã e um irmão. O pai era um homem
bastante educado e sua mãe, após o nascimento dos filhos, tornou-se bastante
apática.
Com uma educação refinada,
frequentou inclusive um colégio religioso, de onde acabou saindo por negar sua
fé.
Com a perda de seus
familiares (pai e mãe) e sua opção pela vida solitária, Emily foi se isolando
cada vez mais. O maior contato era com sua irmã e uma amiga mais próxima. Nunca
se casou.
Quase tudo que se sabe
sobre a vida de Emily Dickinson tem como fonte as correspondências que ela
manteve com algumas pessoas, dentre elas: Susan Dickinson, que era sua cunhada
e vizinha, colegas de escola, familiares e alguns intelectuais como Samuel
Bowles (que publicou alguns de seus trabalhos – bem poucos), o Dr. e a Mrs. J.
G. Holland, T. W. Higginson e Helen Hunt Jackson.
Em raros momentos, deixou
sua vida reclusa, tendo feito algumas viagens para a Filadélfia para tratar de
problemas de visão, uma para Washington e outra para Boston. Foi numa destas
viagens que Emily conheceu dois homens que teriam marcada influência em sua
vida e inspiração poética: Charles Wadsworth (um clérigo de 41 anos) e Thomas
Wentworth Higginson.
Alguns críticos creditam a
Wadsworth como sendo o alvo de grande parte dos poemas de amor escritos por ela.
Após seu falecimento (Emily morreu de nefrite), a família encontrou 1.750 poemas
(geralmente, com temas particulares e do seu cotidiano), escritos a partir de
1850. Ou seja, o reconhecimento do seu trabalho veio mesmo pós-morte.
À obra cinematográfica
faltou um equilíbrio entre o que realmente era importante mostrar e o que não
trazia qualquer acréscimo que chamasse a atenção do público.
O filme se revela lento,
desinteressante, com uma narrativa quase teatral e, o mais grave, péssimas
atuações.
Faltou sensibilidade para
mostrar o que fez com que Emily se isolasse, suas reais motivações para
escrever, suas fontes de leitura, seus sonhos, enfim, sua personalidade
questionadora para uma época em que ninguém ousava duvidar da existência de
Deus ou questionar sobre o papel da mulher na sociedade. Esses valores,
relevantes na vida de Emily, são explorados bem superficialmente.
Avaliação:
**
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