segunda-feira, 8 de maio de 2017

Além das Palavras (A Quiet Passion)

País: Reino Unido/Bélgica
Ano: 2016
Gênero: Biografia
Duração: 125 min
Direção: Terence Davies
Elenco: Cynthia Nixon, Jennifer Ehle, Jodhi May e Keith Carradine.

Sinopse: baseado na história de vida e no trabalho da grande poetisa americana Emily Dickinson (Cynthia Nixon), acompanhamos seu trajeto desde os primeiros dias como uma jovem estudante até seus últimos anos como uma artista reclusa e quase irreconhecida. Uma mulher tímida, mas com ótimo senso de humor e amizades intensas. Emily escrevia praticamente um poema por dia, porém, apenas parte da sua obra foi publicada em vida. 

Crítica: o filme não faz juz à vida da poetisa Emily Dickinson (1830-1886), conhecida como a “Grande Reclusa”. Nascida em uma família de poder aquisitivo alto, tinha uma irmã e um irmão. O pai era um homem bastante educado e sua mãe, após o nascimento dos filhos, tornou-se bastante apática.
Com uma educação refinada, frequentou inclusive um colégio religioso, de onde acabou saindo por negar sua fé.
Com a perda de seus familiares (pai e mãe) e sua opção pela vida solitária, Emily foi se isolando cada vez mais. O maior contato era com sua irmã e uma amiga mais próxima. Nunca se casou.
Quase tudo que se sabe sobre a vida de Emily Dickinson tem como fonte as correspondências que ela manteve com algumas pessoas, dentre elas: Susan Dickinson, que era sua cunhada e vizinha, colegas de escola, familiares e alguns intelectuais como Samuel Bowles (que publicou alguns de seus trabalhos – bem poucos), o Dr. e a Mrs. J. G. Holland, T. W. Higginson e Helen Hunt Jackson.
Em raros momentos, deixou sua vida reclusa, tendo feito algumas viagens para a Filadélfia para tratar de problemas de visão, uma para Washington e outra para Boston. Foi numa destas viagens que Emily conheceu dois homens que teriam marcada influência em sua vida e inspiração poética: Charles Wadsworth (um clérigo de 41 anos) e Thomas Wentworth Higginson.
Alguns críticos creditam a Wadsworth como sendo o alvo de grande parte dos poemas de amor escritos por ela. Após seu falecimento (Emily morreu de nefrite), a família encontrou 1.750 poemas (geralmente, com temas particulares e do seu cotidiano), escritos a partir de 1850. Ou seja, o reconhecimento do seu trabalho veio mesmo pós-morte.
À obra cinematográfica faltou um equilíbrio entre o que realmente era importante mostrar e o que não trazia qualquer acréscimo que chamasse a atenção do público.
O filme se revela lento, desinteressante, com uma narrativa quase teatral e, o mais grave, péssimas atuações.
Faltou sensibilidade para mostrar o que fez com que Emily se isolasse, suas reais motivações para escrever, suas fontes de leitura, seus sonhos, enfim, sua personalidade questionadora para uma época em que ninguém ousava duvidar da existência de Deus ou questionar sobre o papel da mulher na sociedade. Esses valores, relevantes na vida de Emily, são explorados bem superficialmente. 

Avaliação: **
-->

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP