Clash
País: França/Egito
Ano:
2017
Gênero: Drama
Duração: 97
min
Direção: Mohamed
Diab
Elenco: Nelly
Karim, Tarek Abdel Aziz, Ahmed Malek e Hani Adel.
Sinopse: quando o governo do presidente Mohamed Morsi,
eleito através da primeira eleição geral do Egito, foi derrubado por militares,
uma forte tensão tomou conta do país. Isso porque, logo depois, parte da
população que apoiava tomou as ruas para reivindicar o seu retorno. E, durante
os protestos, um grupo de pessoas de diferentes origens e com opiniões
antagônicas acabou sendo preso arbitrariamente em uma velha caminhonete.
Crítica: um dos melhores filmes egípcios já produzidos
desde “O Edifício Yacoubian”, de Marwan Hamed (2006). Com uma câmera na mão, o
filme se passa dentro de um camburão com várias pessoas presas em plena
manifestação. É lá de dentro que vimos o que se passa nas ruas.
Essas pessoas é que darão o
tom do drama vivido em julho de 2013, quando Mohamed Morsi, após uma sequência
dos acontecimentos da primavera egípcia, foi eleito presidente e, um ano mais
tarde, deposto por um golpe militar, com novos protestos das ruas.
Os personagens criados pelo
diretor são integrantes da Irmandade Muçulmana (de Farsi) e manifestantes
pró-Exército. O debate é intenso, as posições e crenças de cada um batem de
frente e, na pressão da situação, revela-se o que há de melhor e de pior no ser
humano. Aspectos particulares são infiltrados nas conversas, de forma natural,
para que conheçamos as aspirações de cada um.
Não é nenhuma fórmula
especial reunir pessoas em um espaço pequeno para debaterem suas diferenças,
mas o diretor fez uma excelente escolha de situações, falas, atores e – o que é
melhor – contando algo que realmente aconteceu e que ainda repercute na
realidade do país.
É intenso do início ao
final.
Avaliação: ***
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