quinta-feira, 14 de maio de 2015

Ben-Hur

País: EUA
Ano: 1959
Gênero: Épico
Duração: 212 min
Direção: William Wyler
Elenco: Charlton Heston, Stephen Boyd, André Morell, Cathy O'Donnell, Finlay Currie, Frank Thring, George Relph, Haya Harareet, Hugh Griffith, Jack Hawkins, Martha Scott, Sam Jaffe e Terence Longdon.

Sinopse: em Jerusalém, o rico Judah Ben-Hur (Charlton Heston) começa a se identificar com seus compatriotas que querem se livrar do domínio de Roma, acabando por entrar em conflito com seu amigo, o romano Messala (Stephen Boyd). Um acidente faz com que Ben-Hur seja levado a Gales, mas sua sorte muda quando ele salva a vida de um nobre romano que o adota como filho. Filme recordista em números de Oscar: recebeu 11, em 1960.

Crítica: um filme épico obrigatório, realmente impressionante. Tudo ali é exagerado, como deveria ser, e não deixa nada a dever aos filmes modernos quando o assunto são os cenários, figurantes, armaduras, figurinos, trilha sonora – um espetáculo grandioso que comove e fascina.
A história do príncipe, que traído pelo amigo se torna escravo, apenas para ascender depois como nobre romano em busca de vingança é retratada aqui de forma incrível e em 4 horas de trama. Charlton Heston (Bem-Hur) e Stephen Boyd (Messala) são as grandes estrelas do épico que recebeu 11 Oscars. Merece destaque também Hugh Griffith, no papel do sheik Ilderim, que é o personagem que o conduzirá para a famosa disputa com Messala na corrida de quadrigas que, por sinal, dura 9 minutos. Excepcional. Outra cena de tira o fôlego é a que se passa nas galés romanas, onde Ben-Hur trabalha como escravo por 5 anos, sem ter qualquer notícia de sua irmã e mãe, presas pelo exército romano.
É interessante ver como a história de Jesus de Nazaré ocorre de forma paralela, sem qualquer citação ao seu nome e sem mostrar o rosto do ator que o interpreta. Ao final, seu destino cruza-se de com o de Ben-Hur.
Curiosidades: “Ben-Hur” surgiu como um livro em 1880. A história por trás do livro por si só já daria um filme: Lew Wallace, general combatente na Guerra de Secessão E QUE ERA ATEU, resolveu escrever um livro a partir de suas próprias pesquisas sobre o Cristianismo. Wallace percebeu, ao conversar com um coronel agnóstico, que sabia muito pouco sobre Cristo. As pesquisas de Wallace serviram para que ele revalidasse sua fé, QUE ACABOU SE CONVERTENDO, e assim sua obra surgiu para louvar Jesus, tanto é que o título original é “Ben-Hur: uma história de Cristo”. O livro se tornou logo um best-seller, sendo até abençoado pelo Papa. O livro é muito minucioso em suas descrições e na maneira como usa a Bíblia como fonte.
A primeira versão do filme foi feita em 1907, dois anos após a morte de Lew Wallace, sem a autorização da família. Este filme primitivo e com pouco mais de 10 minutos foca nas cenas de transição, mais “fáceis” de serem filmadas que uma multidão de remadores ou uma corrida de quadrigas. A grande importância do filme foi ter sido feito sem a autorização dos herdeiros, que processaram o estúdio, e a partir de então ficou estabelecido que os autores ou herdeiros dos autores dos trabalhos que fossem adaptados para o cinema deveriam ser pagos, isto é, se a obra não estiver em domínio público.
Felizmente, o cinema evoluiu muito em 18 anos e em 1925 a recém-fundada MGM lançou uma nova versão de Ben-Hur, que foi a produção mais cara do cinema mudo. Com mais de quatro milhões de dólares de orçamento (na época) e filmagem em locações na Itália, este épico mudo se torna inesquecível ao acrescentar sequências coloridas. Muitos atores e atrizes, já famosos ou ainda por conseguir seu lugar em Hollywood, participaram como extras da cena da corrida, embora nenhum seja reconhecível na multidão. Outro que também estava lá era William Wyler, diretor da versão de 1959, que trabalhava como assistente de direção. O produtor Sam Zimbalist também trabalhou no filme de 1925 como editor.
A versão de 1959 só saiu do papel depois de seis anos de pré-produção e muitas especulações. O custo total do filme foi de 15 milhões de dólares. Só a famosa corrida, com nove minutos de duração, levou cinco semanas para ser filmada. A grandeza da sequência ajudou a criar várias lendas, a maioria incluindo a morte de cavalos e dublês, o que de fato não aconteceu, mas serviu para atiçar ainda mais a curiosidade do público.
Embora Ben-Hur pareça ser o protagonista, a história com seu final feliz não existiria sem Jesus. Mesmo assim, não houve qualquer menção a Cristo no filme de 1907, e nas versões de 1925 e 1959 o ator que interpreta Jesus não recebe crédito e não mostra o rosto. Em ambos os casos, o papel de Jesus foi a única participação desses atores no cinema. Nas adaptações para os palcos, Jesus também não é mostrado, e em seu lugar aparece apenas um facho de luz, ideia do próprio Lew Wallace.
As filas para ver Ben-Hur, mesmo semanas após a estreia, dobravam quarteirões, não importava a cidade onde fosse. O épico arrecadou mais de cinco vezes seu custo nas bilheterias e contou com uma campanha de marketing sem precedentes, que incluía vários dos brindes e produtos que vemos ainda hoje ligados aos filmes de sucesso. Na noite do Oscar, não teve para ninguém. Os lucros do diretor William Wyler, junto com seu terceiro Oscar, deixaram-no em situação financeira confortável pelo resto da vida.

Avaliação: ****

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