sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Eu, Olga Hepnarová (I, Olga Hepnarová)

País: República Tcheca/Polônia/Eslováquia/França
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 105 min
Direção: Petr Kazda e Tomás Weinreb
Elenco: Michalina Olszanska, Martin Pechlát e Klára Melísková.

Sinopse: Olga Hepnarova (Michalina Olszanska) é uma jovem, crescida em uma família que nunca a aceitou pelo fato da moça ser homossexual. Atacada e pressionada por todos os lados pela sociedade, Olga começa a isolar-se ainda mais em seu próprio mundo. Alienada e solitária, Olga fará escolhas trágicas que a levarão a cometer atos que marcaram a história.

Crítica: a trama vai nos apresentando Olga aos poucos: sua casa, sua família, os hospitais psiquiátricos pelos quais passa, seus locais de trabalho. Tudo vem desordenadamente, o que leva o espectador a esperar alguma explicação sobre o que vê na tela.
Os esclarecimentos surgem por meio das cartas que Olga escreve e onde ela desabafa, diz o que sente, conta como foi tratada por onde passou, como se vê e como vê as demais pessoas.
Assumir a sua homossexualidade trouxe-lhes sérios problemas de aceitação (a história se passa nos anos 70). A família preferia-a longe e a internou em um hospital psiquiátrico (como “compensação”, a mãe lhe dava algum dinheiro quando ela precisava), as colegas de escola a maltratavam fisicamente, nos empregos sempre era demitida sem razão aparente.
Ela não tinha relacionamentos, o sexo era casual. Quando interessou-se por alguém esta pessoa era casada.
O último emprego foi de motorista. Seu grande sonho era comprar um carro.
Sem ajuda de ninguém, ela desabou. Seus pensamentos convergiram para vingança e, na sua visão, os humanos não eram humanos.
Ela escolhe um caminho sem volta. O filme acaba frisando mais sua provável “esquizofrenia” em vez de seu homossexualismo ou tenta fazer uma associação entre os dois, como se um justificasse o outro – o que não se pode afirmar que seja verdade.
Olga traz um olhar deprimido e, depois, perverso, e trejeitos bastante masculinos, e todos os demais ao seu redor são vilões demais – exagero em ambas as partes acabam diminuindo a força e mensagem da biografia de Olga (que morreu aos 23 anos).
O final é um golpe muito duro. O caminho é sem volta e Olga já não tem a mesma certeza de antes quanto ao que fez.

Avaliação: **

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