Eu, Olga Hepnarová (I, Olga Hepnarová)
País: República
Tcheca/Polônia/Eslováquia/França
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 105
min
Direção: Petr
Kazda e Tomás Weinreb
Elenco:
Michalina Olszanska, Martin Pechlát e Klára Melísková.
Sinopse: Olga Hepnarova (Michalina Olszanska) é uma
jovem, crescida em uma família que nunca a aceitou pelo fato da moça ser
homossexual. Atacada e pressionada por todos os lados pela sociedade, Olga
começa a isolar-se ainda mais em seu próprio mundo. Alienada e solitária, Olga
fará escolhas trágicas que a levarão a cometer atos que marcaram a história.
Crítica: a trama vai nos apresentando Olga aos poucos:
sua casa, sua família, os hospitais psiquiátricos pelos quais passa, seus
locais de trabalho. Tudo vem desordenadamente, o que leva o espectador a esperar
alguma explicação sobre o que vê na tela.
Os esclarecimentos surgem
por meio das cartas que Olga escreve e onde ela desabafa, diz o que sente, conta como foi tratada por onde passou, como se vê e como vê as demais pessoas.
Assumir a sua homossexualidade
trouxe-lhes sérios problemas de aceitação (a história se passa nos anos 70). A família
preferia-a longe e a internou em um hospital psiquiátrico (como “compensação”,
a mãe lhe dava algum dinheiro quando ela precisava), as colegas de escola a
maltratavam fisicamente, nos empregos sempre era demitida sem razão aparente.
Ela não tinha relacionamentos,
o sexo era casual. Quando interessou-se por alguém esta pessoa era casada.
O último emprego foi de
motorista. Seu grande sonho era comprar um carro.
Sem ajuda de ninguém, ela
desabou. Seus pensamentos convergiram para vingança e, na sua visão, os humanos
não eram humanos.
Ela escolhe um caminho sem
volta. O filme acaba frisando mais sua provável “esquizofrenia” em vez de seu
homossexualismo ou tenta fazer uma associação entre os dois, como se um justificasse
o outro – o que não se pode afirmar que seja verdade.
Olga traz um olhar deprimido
e, depois, perverso, e trejeitos bastante masculinos, e todos os demais ao seu
redor são vilões demais – exagero em ambas as partes acabam diminuindo a força e
mensagem da biografia de Olga (que morreu aos 23 anos).
O final é um golpe muito
duro. O caminho é sem volta e Olga já não tem a mesma certeza de antes quanto
ao que fez.
Avaliação:
**
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