segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Meus Irmãos e Irmãs do Norte (Meine Brüder und Schwestern im Norden)

País: Alemanha
Ano: 2016
Gênero: Documentário
Duração: 109 min
Direção: Sung-Hyung Cho
Elenco: -

Sinopse: o que realmente sabemos sobre a Coreia do Norte, além de seus desfiles militares com tanques e foguetes, soldados marchando como robôs, ameaças de guerra, fome e ditadores com seus seguidores histéricos? O documentário faz um retrato da população norte-coreana por trás dos recorrentes clichês e estereótipos e fornece um olhar além da fachada da forte propaganda em um ambiente normalmente inacessível.

Crítica: para fazer o filme foi preciso ingressar no país com um passaporte alemão, apesar de a diretora ser sul-coreana.
A divisão em República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte), com sistema comunista; e República da Coreia (Coreia do Sul), com o sistema capitalista, ocorreu em 1948.
O cenário é de instabilidade, devido às divergências políticas e sistemas econômicos antagônicos entre as duas Coreias.
Sung-Hyung Cho visitou fábricas (com suas regras rígidas de horários), locais públicos de lazer, escolas e famílias. Todas elas, em unanimidade, idolatram o governo. A “lavagem cerebral” é maciça e começa cedo, já no jardim de infância, onde as crianças aprendem hinos louvando seu “ditador”.
As pessoas sobrevivem. Mesmo quem planta algo em casa, é apenas o suficiente para a família. Tudo é regulado, até a energia que se consome.
Funcionários do governo trabalham sempre uniformizados. As ruas são largas em Pyongyang (capital), mas quase não se vê carros, porque simplesmente as pessoas não têm. Os souvenirs da cidade se resumem a livros sobre os líderes e figuras históricas do país.
A vida no interior é ainda mais difícil. Para as pessoas saírem de suas cidades e irem a outra, precisam de autorização prévia. Na verdade, só vão quando o governo autoriza, geralmente, em dias de feriado onde ocorrem os desfiles militares. Por toda a parte e toda repartição pública, estão cartazes da ideologia comunista.
As pessoas entrevistadas falam, superficialmente, que se a economia fosse mais aberta, seria melhor, mas nada além disso. Mostram-se convictas de que estão bem e de que não precisam de mais. Não sonham, não almejam nada. Todos devem ter o mesmo, comer o mesmo, vestir o mesmo e pensar o mesmo. Não há espaço para ambições ou pensamentos próprios. Uma vida totalmente vigiada e determinada pelo governo autoritário. Elas repetem informações de que o Líder Supremo da Coreia do Norte, Kim Jong Un, preocupa-se com seu povo e que, pessoalmente, comparece aos locais para compartilhar o que é feito.
Em alguns momentos, parece estarmos assistindo a uma comédia, mas é a pura realidade, o retrato real da vivência na Coreia do Norte.  
Um governo que prega o culto extremo à personalidade e guarda com zelo cada pequeno detalhe da "dinastia" comunista que governa o país com mão de ferro desde 1948.

Avaliação: ***

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