domingo, 4 de dezembro de 2016

Mundos Opostos (Enas Allos Kosmos)

País: Grécia
Ano: 2016
Gênero: Drama
Duração: 113 min
Direção: Christoforos Papakaliatis
Elenco: Minas Hatzisavvas, Niki Vakali, Tawfeek Barhom, Andrea Osvart, Christoforos Papakaliatis, Maria Kavoyianni e J.K. Simmons.

Sinopse: numa Grécia assolada pela terrível crise socioeconômica, mas ainda conectada aos seus deuses, em especial Eros, a universitária Daphne é salva de um estupro pelo imigrante ilegal sírio Farris; o executivo Giorgios encara a dissolução da empresa em que trabalha ao mesmo tempo em que se envolve mais do que o esperado com uma consultora estrangeira; e o historiador Sebastian tenta se comunicar com uma senhora no mercado.

Crítica: três histórias e três protagonistas de uma mesma família, focadas em assuntos atuais como a imigração e a crise econômica na Europa.
As tramas não são contadas em ordem linear e, aos poucos, vão se cruzando. Mas todas abordam o amor de pessoas de mundos bem distintos e todas as suas dificuldades, usando como fonte (poética) o mito de Eros (o amor) e Psiquê (a alma), que retrata justamente a união entre o amor e a alma.
A premissa de levantar a discussão sobre a migração, que induz a outros debates como racismo, fascismo e fanatismos de todo tipo, é excelente, mas mal executada.
No primeiro caso, estão Daphne e Farris. Este é um imigrante que vende produtos nos semáforos de Atenas para ganhar algum dinheiro e que pretende fugir para o Canadá com um passaporte falso, tendo em vista a violência crescente na Grécia contra as pessoas que vivem ali ilegalmente. Daphne é uma universitária de classe média. A relação dos dois não convence, é superficial e bastante infantil, diante da situação a que o filme propõe.
Depois, surge Giorgios e Elise. Ele é um executivo (em fase de divórcio e depressão) numa empresa que logo irá enxugar o quadro e seu nome estará na lista das demissões, assim como o de um grande amigo e de outros colegas de trabalho. A ironia do “destino” é que Elise (a quem ele conheceu em um bar e com quem começa um caso) é justamente a pessoa contratada por uma empresa sueca para efetuar um corte de 35% nos funcionários.
E, por último, vem a melhor história do longa, mais bem dirigida que as anteriores, onde se retrata um encontro entre um professor de história (Sebastian) e uma frustrada dona de casa (Maria). Ele mostra a ela um outro mundo, do qual ela foi afastada pelas escolhas que fez na vida.
O filme tem o objetivo de retratar uma segunda chance na vida dessas pessoas. O diretor peca na forma de conduzir as histórias (que aparecem muito novelescas), com excesso de coincidências e com uma trilha sonora que só faz reforçar o melodrama.
É preciso mais do que premissas e bases literárias para tornar um filme atraente ao público.

Avaliação: **

0 comentários:

Bilheterias Brasil - TOP 10

Seguidores

  © Blogger templates Newspaper III by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP