Mundos Opostos (Enas Allos Kosmos)
País: Grécia
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 113
min
Direção: Christoforos
Papakaliatis
Elenco: Minas Hatzisavvas, Niki Vakali, Tawfeek Barhom,
Andrea Osvart, Christoforos Papakaliatis, Maria Kavoyianni e J.K. Simmons.
Sinopse: numa Grécia assolada pela terrível crise
socioeconômica, mas ainda conectada aos seus deuses, em especial Eros, a
universitária Daphne é salva de um estupro pelo imigrante ilegal sírio
Farris; o executivo Giorgios encara a dissolução da empresa em que trabalha
ao mesmo tempo em que se envolve mais do que o esperado com uma consultora
estrangeira; e o historiador Sebastian tenta se comunicar com uma senhora no
mercado.
Crítica: três histórias e três protagonistas de uma
mesma família, focadas em assuntos atuais como a imigração e a crise econômica
na Europa.
As tramas não são contadas
em ordem linear e, aos poucos, vão se cruzando. Mas todas abordam o amor de
pessoas de mundos bem distintos e todas as suas dificuldades, usando como fonte
(poética) o mito de Eros (o amor) e Psiquê (a alma), que retrata justamente a
união entre o amor e a alma.
A premissa de levantar a
discussão sobre a migração, que induz a outros debates como racismo, fascismo e
fanatismos de todo tipo, é excelente, mas mal executada.
No primeiro caso, estão
Daphne e Farris. Este é um imigrante que vende produtos nos semáforos de Atenas
para ganhar algum dinheiro e que pretende fugir para o Canadá com um passaporte
falso, tendo em vista a violência crescente na Grécia contra as pessoas que
vivem ali ilegalmente. Daphne é uma universitária de classe média. A relação
dos dois não convence, é superficial e bastante infantil, diante da situação a
que o filme propõe.
Depois, surge Giorgios e
Elise. Ele é um executivo (em fase de divórcio e depressão) numa empresa que
logo irá enxugar o quadro e seu nome estará na lista das demissões, assim como
o de um grande amigo e de outros colegas de trabalho. A ironia do “destino” é
que Elise (a quem ele conheceu em um bar e com quem começa um caso) é
justamente a pessoa contratada por uma empresa sueca para efetuar um corte de
35% nos funcionários.
E, por último, vem a melhor
história do longa, mais bem dirigida que as anteriores, onde se retrata um
encontro entre um professor de história (Sebastian) e uma frustrada dona de
casa (Maria). Ele mostra a ela um outro mundo, do qual ela foi afastada pelas
escolhas que fez na vida.
O filme tem o objetivo de
retratar uma segunda chance na vida dessas pessoas. O diretor peca na forma de
conduzir as histórias (que aparecem muito novelescas), com excesso de coincidências
e com uma trilha sonora que só faz reforçar o melodrama.
É preciso mais do que
premissas e bases literárias para tornar um filme atraente ao público.
Avaliação: **
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