Ninguém Deseja a Noite (Nadie Quiere la Noche)

País: Espanha/França

Ano: 2016

Gênero: Drama

Duração: 115 min

Direção: Isabel Coixet

Elenco: Juliette Binoche, Rinko Kikuchi e Gabriel Byrne.

Sinopse: Groenlândia, 1908. A história real de Josephine Peary (Juliette Binoche), uma mulher da alta sociedade que, em 1908, viaja ao Polo Norte atrás de seu marido, o explorador Robert Beary. Dona de fortes convicções sobre a vida e o seu trabalho, ela muda por completo sua visão do mundo após um inesperado encontro com a esquimó Allaka (Rinko Kikuchi).

Crítica: a cineasta gosta de protagonistas femininas. Assim foi em Fatal (2008), A Vida Secreta das Palavras (2005) e Minha Vida sem Mim (2003).

Aqui a personagem central (e que realmente existiu) é Josephine Peary, uma mulher que muda radicalmente de vida (de Nova Iorque para o Pelo Norte) para acompanhar seu marido na expedição que marcaria sua história.

A vida lá é difícil. Frio, mortes, o choque cultural e, por fim, a descoberta de que seu marido a traiu com uma jovem esquimó, Allaka.

O destino une essas duas mulheres que aguardam o retorno do desbravador, de uma de suas expedições. Josephine descobre que Allaka está grávida terá que deixar sua dor e seus ciúmes de lado para ajudá-la, assim como Allaka a salvou anteriormente, de morrer no frio.

As condições inóspitas, a falta de comida, a solidão, serão condições para o surgimento de uma forte cumplicidade.

A fotografia do longa é um capítulo à parte, realmente impressionante. Mas a trama em si não é marcante como os filmes citados acima. Falta uma convicção maior na atuação de Juliette Binoche que nos convença de que uma dama da grande cidade suportaria as condições climáticas do local.

É interessante a crítica inicial do filme, quando brancos expedicionários conversam sobre excursões anteriores se gabando do sucesso e da não ocorrência de mortes, quando um dos presentes (Gabriel Byrne, no personagem de Bram Trevor) lembra que dois esquimós haviam morrido – o que para a superioridade branca parece não contar como vida.

Avaliação: ***