Meu Rei (Mon Roi)
País: França
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 128
min
Direção: Maïwenn
Elenco: Vincent
Cassel, Emmanuelle Bercot e Louis Garrel.
Sinopse: depois de um grave ferimento no joelho, Tony (Emmanuelle Bercot) se muda para o sudoeste francês para realizar um longo tratamento capaz de
ajudá-la a caminhar normalmente. Mas esta não é a sua maior dor: ela ainda
amarga um relacionamento infeliz com Georgio (Vincent Cassel), homem violento e possessivo com
quem tem um filho. Aos poucos Tony consegue se recompor e aprende a se
defender.
Crítica: o tema da complexidade das relações humanas
não é novidade no cinema, mas temos que reconhecer o talento da diretora Maïwenn
(de Polissia, de 2011; e O Amor é um Crime Perfeito, de 2013) em saber retratar
isso de forma tão palpável.
O foco é o casal Tony (Emmanuelle Bercot) e Georgio (Vincent Cassel). Uma paixão avassaladora até que as
primeiras decepções comecem a surgir Tony já tinha saído de um relacionamento
ruim e não esperava sofrer mais ainda. Uma ex-namorada (de tendências suicidas)
de Georgio está sempre no caminho, o filho deles nasce (o que ligará Tony a
Georgio para sempre) e o temperamento completamente instável do parceiro parecem
selar o final da relação. Idas e vindas, ausências, traições, violência,
sentimentos confusos – tudo faz da vida de Tony um inferno. E ela não consegue
se ver livre disso. A avalanche de problemas invade sua saúde, sua vida profissional,
a relação com o irmão.
Ela o ama de verdade, mas o
amor não basta. A edição quanto aos acontecimentos e à passagem do tempo (nem
sempre linear) é um dos grandes méritos do longa. Talvez tenha pecado apenas na
duração, porém nada que impeça o propósito da trama, que se destaca pela
maturidade dos diálogos extremamente naturais e pela performance dos atores, em
perfeita sintonia.
Avaliação: ****
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