Paulina (La Patota)
País: Argentina
Ano:
2016
Gênero: Drama
Duração: 103
min
Direção: Santiago
Mitre
Elenco: Dolores
Fonzi, Oscar Martinez, Esteban Lamothe e Cristian Salgero.
Sinopse: Paulina (Dolores Fonzi), 28 anos, largou uma
promissora carreira na advocacia para ser professora em uma região problemática
da Argentina. Sacrificando o namoro e a confiança do pai, um poderoso juiz
(Oscar Martinez), ela sustenta as suas convicções de ensino e política.
Entretanto, sua crença é colocada à prova ao ser estuprada por um grupo de
alunos.
Crítica: os dramas argentinos costumam ser muito elogiados
pela crítica, mas “Paulina” não está nessa lista seleta.
As convicções sociais e políticas
da professora Paulina (Dolores Fonzi), que decide dar aulas no interior do
Paraguai, são insustentáveis diante dos subsequentes acontecimentos que a
acometerão.
Além do estupro cometido
por um aluno com a ajuda de outros, a sua passividade perante à não punibilidade
dos culpados e a sua aparente aceitação ao optar por não abortar o filho fruto
da violação (reagindo como se fosse seu destino) constroem um personagem
surreal.
A uma certa altura, nos
perguntamos se ela quer ser uma heroína ou se quer provar que suporta tudo e
acima de tudo está. Não só é difícil para o pai, o namorados, os colegas de
trabalho entenderem como para o espectador também é. Há, inclusive, uma
tentativa de justificativa pelo seu comportamento (após ela saber quem é o
estuprador e negar reconhecê-lo quando capturado pela polícia), quando diz que
o ambiente ou as circunstâncias obrigam as pessoas a cometerem atos bárbaros –
o que é um disparate. Se assim fosse, todos os estupros seriam justificáveis,
então?
A premissa da trama e toda
a gravidade que os trágicos fatos trazem são inconsistentes com o final proposto.
O argumento fraco condenou o filme a um equívoco.
Avaliação: **
0 comentários:
Postar um comentário