Almas Silenciosas (Ovsyanki)
País: Rússia
Ano:
2010
Gênero: Drama
Duração: 78
min
Direção: Aleksei
Fedorchenko
Elenco: Yuliya Aug, Olga Dobrina, Larisa Domaskina,
Viktor Gerrat, Igor Sergeyev e Yuriy Tsurilo.
Sinopse: quando fica viúvo, Miron resolve dar à sua
mulher um funeral seguindo tradições. Para isso, deverá viajar até o
centro-oeste da Rússia, e contará com a ajuda de seu melhor amigo pra realizar
esse propósito.
Crítica: o filme dramático e com um ritmo lento, não é
para qualquer plateia, mas, de qualquer forma, é interessante a maneira como aborda
a morte e a dor de perder quem se ama.
O preparo do corpo para ser
levado ao local de cremação (no caso, o rio Oka do qual a falecida tanto
gostava) é um verdadeiro ritual, que seria do “povo méria” (etnia de origem escandinava), com seus costumes
quase extintos.
Aí, entra outra questão do
filme: nossas origens. Quem somos? De onde viemos? Em que acreditamos? Os mérias
não têm deuses, acreditam apenas que a água é a fonte de tudo e para ela devem
voltar ao morrer, encontrando ali o descanso que buscam. O texto que fala um
pouco desse povo é narrado pelo amigo do viúvo em relatos quase poéticos. Seu
pai era poeta. Ele relembra sua infância enquanto acompanha o amigo e é impossível
não se recordar da morte de sua mãe (que morreu no parto), sua irmã natimorta
e, anos depois, seu pai. Entre imagens do passado e presente, o amigo relata intimidades
que tinha com a esposa – outra tradição que, entre eles, recebe o nome de “esfumaçar”,
ou seja, revelar tudo o que não falaria para nenhuma outra pessoa.
Sozinho, não tendo mais familiares
para quem passar essas tradições, escreve usando sua máquina de datilografar,
assim como seu pai um dia fez.
Há cenas tocantes na trama
que também conta com uma bela fotografia.
Avaliação: **
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