O Palácio Francês (Quai d'Orsay)

País: França

Ano: 2013

Gênero: Comédia

Duração: 116 min

Direção: Bertrand Tavernier

Elenco: Thierry Lhermitte, Raphaël Personnaz, Niels Arestrup e Anaïs Demoustier.

Sinopse: recém-formado na Escola Nacional de Administração, Arthur Vlaminck é chamado para trabalhar no Ministério das Relações Exteriores. Arthur será responsável por elaborar o discurso do ambicioso ministro Alexandre Taillard, mas logo percebe que, em meio a golpes políticos e vaidades pessoais, esta tarefa não será nada fácil.

Crítica: o vazio do discurso político é o alvo do filme que faz isso muito bem. Palavras demais, ação de menos e burocracia de sobra.

Com humor e vários trocadilhos, o grande destaque é Thierry Lhermitte (realmente impagável na pele do excêntrico Alexandre Taillard de Worms, que carrega um livro do autor embaixo do braço e usa suas citações em tudo.) que seria uma referência à figura de Dominique de Villepin, ministro do exterior durante o governo de Jacques Chirac e, posteriormente, primeiro-ministro francês. Antonin Baudry, autor da história em quadrinhos, foi diplomata durante 2002 e 2003 e transformou sua experiência em história.

A trama, que mostra o cotidiano no Quai d'Orsay, sede do ministério das Relações Exteriores da França, exagera um pouco nas cenas que tentam passar graça e em outras que se repetem muito, como o do ministro Taillard andando rápido pelos corredores do palácio batendo portas e fazendo papeis e mais papeis voarem.

Outras situações dispensáveis seriam as cenas de Arthur Vlaminck (Raphaël Personnaz), contratado para cuidar da "linguagem" e dar sentido aos discursos do ministro, com a sua esposa (Anaïs Demoustier) em casa. São tão fracas que nem fariam falta.

Por meio do protagonista somos apresentados aos absurdos da vida política. Na verdade, quem toma as decisões é Claude (Niels Arestrup), o qual tenta resolver os problemas e fazer com que o ministro não cause outros piores.

Não é um filme marcante, mas é louvável pela crítica que faz.

Avaliação: ***