quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

A Vida Secreta de Walter Mitty (The Secret Life of Walter Mitty)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 114 min
Direção: Ben Stiller
Elenco: Ben Stiller, Kristen Wiig e Adam Scott.

Sinopse: gerente de uma loja de produtos fotográficos leva uma vida simples, perdido em seus sonhos. Quando um negativo desaparece, ele é obrigado a embarcar em uma grande aventura.

Crítica: "A Vida Secreta de Walter Mitty" – uma releitura do conto homônimo de James Thurber, de 1939 – conta a história de um empregado da revista "Life" encarregado das imagens da publicação. Walter Mitty, interpretado pelo ator e diretor do filme, Ben Stiller, tem o costume (para não falar psicose) de se desligar da realidade enquanto busca fantasias mais interessantes do que a sua vida. Nesses devaneios, a maioria deles bem engraçado, ele faz tudo o que não tem coragem na vida ‘real’.
Ao conhecer e se apaixonar pela colega de trabalho Cheryl Melhoff (Kristen Wiig), Walter começa a perceber que chegou a hora de mudar sua vida. Junto disso, a revista na qual trabalha é adquirida por um grupo que irá descontinuar sua versão física e transformá-la completamente em digital, forçando Walter a se preocupar ainda mais com seu emprego.
Como estopim da revolução pessoal de Walter, a foto (enviada pelo melhor fotógrafo da revista, Sean O’Connell, interpretado por Sean Penn) que deveria ser a capa da última edição de banca da "Life" se perde. A junção de tudo faz com que Walter finalmente “abrace o mundo” e vá de encontro a si próprio.
O foco do filme é a busca pela felicidade, o que realmente fazemos para alcançá-la ou o que não fazemos. No contexto, surgem críticas à supervalorização do moderno, ao avanço sem freios de uma tecnologia que parece ‘engolir’ o humano, o desemprego gerado pela tal atualização do mundo.
Ben Stiller integra-se completamente ao seu personagem (com certeza, é seu melhor papel) e surpreende na direção do longa. Os cenários (Groelândia, Islândia e Afeganistão) são impressionantes e a trilha sonora segue o mesmo caminho.
É preciso tirar o ‘chapéu’ para o bom desenvolvimento do enredo, com exceção de uma ou outra cena. E os atores, em geral, cumprem sua tarefa. 
O começo da trama retrata Walter preenchendo um perfil para um site de relacionamentos. No final, ele nem precisará mais disso. Um filme leve, com uma mensagem positiva. Assista sozinho ou acompanhado. Vale a pena.


Avaliação: ***

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Amor Bandido (Mud)

País: EUA
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 130 min
Direção: Jeff Nichols
Elenco: Matthew McConaughey, Reese Witherspoon, Tye Sheridan, Jacob Lofland e Sam Shepard.

Sinopse: dois garotos decidem desbravar uma ilha que fica próxima às suas casas. Lá, eles encontram Mud (Matthew McConaughey), um foragido da polícia. Apesar da desconfiança inicial, os jovens resolvem ajudá-lo, ao saber que ele está à espera do grande amor de sua vida.

Crítica: lançado em circuitos de festivais ainda em 2012 (em Cannes, onde concorreu à Palma de Ouro), ‘Amor Bandido’ não teve o alcance merecido, o que é uma pena já que o filme tem uma história interessante e é bem contada.
Com um enredo que aborda temas relacionados ao amadurecimento de jovens, à descoberta do amor, à desilusão e decepção da primeira paixão e a dor da separação, o filme prende a atenção do espectador do início ao final.
Com o desenrolar da trama, entende-se porque Matthew McConaughey (Mud) está foragido e as razões pelas quais dois adolescentes, Ellis (Tye Sheridan – excelente no papel) e Neckbone (Jacob Lofland) decidem ajudá-lo. Nessa relação improvável entre os três, surge uma cumplicidade comovente e passamos a torcer pela sorte do protagonista que é capaz de qualquer coisa para proteger sua amada Juniper (Reese Witherspoon).
Uma história bela com um roteiro inteligente. Confira!

Avaliação: ***

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Filha de Ninguém (Nugu-ui Ttal-do Anin)

País: Coreia do Sul
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 91 min
Direção: Hong Sang-soo
Elenco: Eun-chae Jeon, Lee Seon-gyoon e Ye Ji-won.

Sinopse: jovem se enche de dilemas existenciais ao descobrir que os colegas de faculdade estão falando mal dela por causa de um relacionamento que teve com um professor casado e que a mãe está de mudança para outro país.

Crítica: o diretor Hong Sang-soo ainda é pouco conhecido no mundo do cinema, mas já ganhou destaque com seu filme de 2012, A visitante francesa, que foi indicado à Palma de Ouro e contava com a presença da atriz francesa Isabelle Hupert.
Agora, o longa se centra em Haewon, uma jovem estudante de teatro que não sabe bem o que fazer de sua vida. Sua mãe está se mudando para o Canadá e o relacionamento com um professor casado encontra-se em um beco sem saída. A moça se sente sozinha e parece ter chegado àquele ponto na vida em que uma posição precisa ser tomada.
O que o diretor busca é acompanhar sua personagem, dar uma olhada em sua vida, e com isso consegue, de forma sensível e singela, tocar o espectador. Não é difícil se identificar com ela ou se deixar cativar pela moça de sorriso fácil, jeito espontâneo e atitudes ingênuas.
Ela é certamente apaixonada pelo professor, mas não está disposta a passar o resto da vida esperando que ele largue a mulher e o filho pequeno, ou se escondendo e contentando-se com finais de semana furtivos, como uma amiga sua que há 9 anos sustenta um caso com um homem casado. Ela sente falta da mãe, mas não consegue se imaginar acompanhando-a ao Canadá; deseja ser atriz, porém ainda não se encontrou em sua arte.
A câmera usa um recurso de afastamento e aproximação dos protagonistas, dependendo da intensidade da cena e dos diálogos que mostram, por vezes, o quanto eles estão vulneráveis às armadilhas dos relacionamentos conjugais.
É tocante percebermos como é difícil terminar uma relação, por mais que se esteja sofrendo com ela, e como a dor da perda nos enfraquece.
O longa não oferece um desfecho. Não é essa a intenção do diretor. Ele apenas retrata um momento da vida de alguém que não sabe, ao certo, que caminho seguir.


Avaliação: **

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A Grande Beleza (La Grande Belleza)

País: Itália
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 142 min
Direção: Paolo Sorrentino
Elenco: Toni Servillo, Carlos Verdone e Sabrina Ferilli.

Sinopse: ao recordar um amor da juventude, escritor cria forças para mudar a vida e, talvez, voltar a escrever.

Crítica: o longa indicado ao Globo de Ouro a filme estrangeiro expressa sem, sombra de dúvida, o jeito italiano de ser. Durante os 142 minutos de duração (extenso demais), é retratado o estilo de vida da alta sociedade romana, os mundanos como são chamados na trama. Os cenários são as inúmeras festas no apartamento do protagonista, uma suntuosa cobertura de frente para o Coliseu, e outros lugares não menos abastados ou belos. Já os personagens são Jep e seus amigos, uma excêntrica trupe formada por tipos tão diversos quanto uma jornalista anã, entre outras figuras exóticas.
O sétimo trabalho da carreira do italiano Paolo Sorrentino coleciona opiniões diversas, de amor a ódio pela maneira como dirige seus filmes. Se a intenção era criticar o mundo de luxúria, isso se faz de forma quase imperceptível. A trama parece exaltar o glamour.
O enredo que se dá em volta de Jep, um jornalista/escritor, que conhece as pessoas influentes de Roma, e as convida para a celebração dos seus 65 anos, parece não ter um propósito. Com exceção de alguns bons diálogos e da trilha sonora realmente dançante, o filme é enfadonho e não vale o ingresso.


Avaliação: **

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Mataram Meu Irmão

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 77 min
Direção: Cristiano Burlan
Elenco: -

Sinopse: há 12 anos, Rafael Burlan, irmão do diretor Cristiano Burlan, foi assassinado com sete tiros. No documentário, o cineasta relembra os fatos, investigando o envolvimento do irmão com as drogas e compondo um retrato da violência do subúrbio de São Paulo.

Crítica: documentários costumam ser interessantes, mas não entendo qual razão fez com que este entrasse em circuito comercial. O trabalho é muito amador e não se pode confundir com filme alternativo ou caseiro. Já vi muitos que tinham mais conteúdo para cativar o espectador.
Aqui, o diretor com a câmera na mão parece não se importar com nada e, apesar do drama sobre o irmão, perde-se o interesse no que é mostrado. Se ao menos os depoimentos fossem ricos em informações e compensassem os 77 minutos de fita, ainda seria aceitável. Mas, entre os entrevistados, somente um realmente prende a atenção e é válido por contar um pouco mais da vítima e seu envolvimento com drogas. Os demais não acrescentam algo que valha a pena reunir um material para ser documentado. O próprio irmão, que dirige o longa, só fica atrás da câmera.
Se a intenção era mostrar a violência urbana e suas sequelas, o documentário poderia ter sido melhor trabalhado. 


Avaliação: *

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Morro dos Prazeres

País: Brasil/Holanda
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 90 min
Direção: Maria Augusta Ramos
Elenco: -

Sinopse: a relação entre os moradores de favelas e a polícia pacificadora no Rio de Janeiro.

Crítica: a atuação das Unidades de Polícia Pacificadora no Rio de Janeiro é assunto bem atual, ainda mais depois do caso Amarildo, assassinado por engano ao ser confundido com um bandido.
Para ouvir os protagonistas do seu documentário, população e policiais, a cineasta Maria Augusta Ramos subiu o morro que dá título a seu filme e, durante três meses, acompanhou o cotidiano e observou o processo de pacificação.
Sem julgamentos, ela mostra o empenho da polícia em fazer um bom trabalho nos morros e a desconfiança dos moradores com essa nova força no comando.
O grande mérito do longa é desconstruir estereótipos: tanto o do morador dessas comunidades quanto o do policial que lá atua. Alguns moradores ressentem-se de não ter a liberdade com a qual contavam quando a comunidade era dominada por bandidos. Também ficam incomodados as constantes revistas e abordagens, parte do plano do Estado de sufocar pequenos delitos para evitar crimes maiores.
Apesar da difícil aproximação, todos sabem que voltar ao passado seria um retrocesso.
Opiniões diversas e depoimentos contundentes conferem ao filme um tom equilibrado sobre a realidade das favelas. Assista!


Avaliação: ***

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Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo da Minha Vida

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Comédia romântica
Duração: 90 min
Direção: Matheus Souza
Elenco: Clarice Falcão, Rodrigo Pandolfo, Leandro Hassum e Daniel Filho.

Sinopse: Clara está indecisa em relação às suas escolhas. A jovem está cursando a faculdade de Medicina por pressão familiar e não por vocação. Sem contar para ninguém o que está sentindo, ela passa a matar aulas no período da manhã. Durante essas aventuras matutinas, Clara conhece um rapaz que a ajuda a encontrar um norte para sua vida.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Minhocas

País: Brasil/Canadá
Ano: 2013
Gênero: Animação
Duração: 83 min
Direção: Paolo Conti e Arthur Nunes
Elenco: -

Sinopse: Júnior, uma jovem minhoca, é acidentalmente escavado e levado para fora da terra. Aí, começa uma série de aventuras, nas quais o garoto terá que enfrentar o vilão Big Wig até conseguir voltar para casa.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Ender’s Game – O Jogo do Exterminador (Ender’s Game)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 114 min
Direção: Gavin Hood
Elenco: Harrison Ford, Asa Butterfield e Hailee Steinfeld.

Sinopse: após um ataque de extraterrestres, forças militares da Terra treinam as crianças com o intuito de prepará-las para um próximo ataque. O garoto Ender Wiggin é selecionado para fazer parte da elite e se torna a principal esperança para encerrar de uma vez por todas com a ameaça alienígena. Baseado no best-seller de Orson Scott Card, Ender's Game – O Jogo Do Exterminador.  


Crítica:
Avaliação: a conferir

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Um Toque de Pecado (Tian zhu din)

País: China/Japão
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 133 min
Direção: Zhangke Jia
Elenco: Wu Jiang, Wang Baoqiang e Zhao Tao

Sinopse: as histórias de quatro pessoas de regiões e classes sociais diferentes se cruzam na China dos dias de hoje.

Crítica: o filme é recomendadíssimo!!! Uma produção que, a princípio, parece amadora, mas que surpreende, sobretudo, a partir da segunda história. São 4 ao todo, cada uma independente da outra, mas todas com críticas fortes e diretas à corrupção sem qualquer escrúpulo, à posição da mulher na sociedade chinesa; ao problema da superpopulação e todas suas sequelas, como desemprego, prostituição, falta de condições básicas para uma vida saudável, de liberdade de ir e vir, de expectativas e de escolhas.
Os personagens nos cativam e nos conduzem por seus problemas e angústias. A mensagem é crua e dura. São cenas fortes e que marcam. Impossível não pensar no que se vê na tela depois de deixarmos a sala de cinema.


Avaliação: ***

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Kuduro, Fogo no Museke

País: Angola
Ano: 2007
Gênero: Documentário
Duração: 52min
Direção: Jorge António
Elenco: -

Sinopse: desde a sua independência, nunca Angola tinha assistido a um movimento cultural tão dinâmico e tão polêmico como o Kuduro. Nenhum outro gênero musical ultrapassou tão rapidamente as fronteiras e se tornou um fenômeno internacional. Kuduro, Fogo no Museke, é o retrato social e cultural de uma nova geração, que quer acima de tudo ser a voz de uma nova Angola.

Crítica: apesar dos parcos recursos, o filme tem seus méritos por mostrar a música do seu país e o que ela representa hoje entre os jovens: rebeldia, protesto ou, simplesmente, diversão. Mas quase todos concordam em um quesito: sua batida é contagiante.
A forma de se expressarem com a música e dança Kuduro (que se misturam) é forte e um grito de alerta para sua sociedade.
Surgido há 16 anos, muitos jovens buscaram no Kuduro uma vida melhor e ser uma fonte de inspiração para a futura geração.
O documentário ouve 4 artistas famosos, escritores, críticos de arte, músicos de outros ritmos e a população que dizem o que pensam dessa expressão artística, que tem origem em danças afro, rap, break, entre outras.


Avaliação: **

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Pais e Filhos (Like Father, Like Son)

País: Japão
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 120 min
Direção: Hirokazu Koreeda
Elenco: Masaharu Fukuyama, Machiko Ono, Yôko Maki e Lily Franky.

Sinopse: Ryoata é um arquiteto obcecado com o sucesso profissional, que forma com a jovem esposa e o filho de 6 anos uma família ideal. Sua vida sofre uma grande transformação quando descobre que está criando o filho de outro homem há seis anos, já que seu filho biológico foi trocado por engano na maternidade.

Crítica: o filme é uma surpresa. Aliás, o cinema japonês tem dado mostras de que também sabe contar histórias de gente simples.
O assunto é polêmico: troca de filhos na maternidade e como reagir ao saber disso apenas 6 anos depois.
As reações dos 4 pais, de classes sociais distintas, são diversas. Sentimentos mesquinhos como preconceito, inveja e rejeição vêm à tona. Enquanto isso, há 2 crianças inocentes no meio.
O processo de adaptação à realidade demora. Questionamentos sobre amor, segurança e a importância de se ter ou não o mesmo sangue pesarão na decisão final que virá com a maturidade e a sensatez. Destacam-se, aqui, as boas atuações.
Uma história que poderia acontecer a qualquer um e que merece ser vista. Um drama belo e sensível.


Avaliação: ***

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O Hobbit – A Desolação de Smaug (The Desolation of Smaug)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Aventura
Duração: 170 min
Direção: Peter Jackson
Elenco: Benedict Cumberbatch, Martin Freeman e Richard Armitage.

Sinopse: o filme retrata as aventuras de Bilbo Bolseiro, um pacífico hobbit, que ao lado de um grupo de anões e de Gandalf, tentará recuperar o tesouro tomado pelo dragão Smaug. Durante esta jornada, ele se depara com o anel de poder possuído por Gollum.

Crítica:


Avaliação: a conferir

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A Música Nunca Parou (The Music Never Stopped)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 111min
Direção: Jim Kohlberg
Elenco: Lou Taylor Pucci, J.K. Simmons e Julia Ormond.

Sinopse: ao descobrir que o filho tem um tumor no cérebro que impede a produção de novas memórias, pai luta para se conectar com ele pela música.

Crítica: apesar de se tratar de uma história comovente, o filme não engrena. Um documentário seria mais interessante.
A produção é amadora e os atores, apesar do esforço, não se encaixam devidamente nos seus personagens. Tudo soa muito superficial e, portanto, sem emoção.
As imagens parecem amadoras e, em um determinado momento do filme, torcemos para que ele termine logo. Difícil de assistir a algo que não contempla a atenção do espectador.


Avaliação: **

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Somos o que Somos (We are we are)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Jim Mickle
Elenco: Bill Sage, Ambyr Childers e Julia Garner.

Sinopse: após a súbita morte da mãe, duas adolescentes precisam cuidar do irmão mais novo. Elas são obrigadas a aceitar o forte temperamento do pai, que deseja manter os costumes familiares. E, quando uma tempestade atinge a região, os segredos da família são ameaçados pelas investigações das autoridades locais.

Crítica: trata-se da versão americana do filme mexicano de mesmo nome (Somos Lo Que Hay, no original). Infelizmente, o suspense perde a força, sobretudo no final, que é absolutamente ‘trash’.
Apesar de ser uma ficção surreal, o diretor poderia ter escolhido um final ao menos aceitável.
O longa-metragem nos conta a história de uma família nada normal e extremamente tradicional e religiosa. Após a morte da mãe, cabe à filha cuidar do ritual do que chamam “o dia do cordeiro”. Logo, percebemos que os cordeiros são pessoas. O médico da pequena cidade tem recortes de várias pessoas desparecidas ali e nas proximidades, inclusive uma delas é sua filha.
A fotografia e o som enquadram-se bem nas cenas sempre tensas e cruas, sem rodeios. Os personagens são fortes e cada um desempenha bem sua parte. Porém, perto da hora da revelação, quando o médico enfim descobre a causa de tudo e o mentor por trás das mortes e o clímax poderia ser melhor explorado, o filme tem um desfecho inacreditável.


Avaliação: *

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Anos Incríveis (Télé Gaucho)

País: França/Bélgica
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 112 min
Direção: Michel Leclerc
Elenco: Félix Moati, Eric Elmosnino, Maïwenn, Sara Forestier e Anne Benoit.

Sinopse: Jean-Lou, Yasmina, Adonis, Clara, Victor e outros amigos formam um grupo de jovens idealistas e revolucionários. Em reação contra a mídia, considerada conservadora e reacionária, eles compram câmeras amadoras e criam um novo canal de televisão: "Télé Gaucho", uma rede anarquista, libertária, com poucos recursos mas muita criatividade.

Crítica: um ótimo filme para assistir, se divertir e refletir, tudo com ironia, leveza e doses de humor na medida certa. Pena que o título brasileiro “Anos Incríveis” nada tenha a ver com o conteúdo.
O roteiro, bem construído e com personagens bastante interessantes, faz uma abordagem divertida sobre idealismo, engajamento, o velho sonho de mudar o mundo e o inevitável choque de realidade imposto pela vida: o duro momento de pagar as contas. Recheado de diálogos espirituosos, o filme questiona valores e, para isso, brinca com o exagero e o radicalismo.
A história fala de uma trupe divertida e idealista por trás da TV pirata Télé Gaucho, uma espécie de televisão comunitária. Rebeldes esquerdistas que, munidos de microfones e câmeras, se põem ao lado de toda e qualquer minoria reprimida em toda e qualquer manifestação.
Sátira e ao mesmo tempo elogio ao engajamento inocente, ‘Anos Incríveis’ tem como protagonista o jovem Victor (Félix Moati). Inteligente, sonhador e fã de Godard, ele quer se tornar um grande cineasta. Ele acaba comprando uma câmera do chefe da Téle Gaucho e passa a trabalhar lá.
O conflito ocorre porque, paralelamente, ele assina contrato de estágio no programa de Patrícia Gabriel (Emanuelle Béart), a serviço de uma todo-poderosa emissora francesa, totalmente de direita, no ponto de vista de seus colegas de trabalho da outra TV.
De possível vendido ao capitalismo, Victor torna-se um de espião para ajudar seus companheiros de militância. Não falta criatividade nas reportagens, sempre voltadas para criticar a ‘ala direitista’. É divertimento com garantia!

Avaliação: ***

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La Jaula de Oro

País: Guatemala/Espanha/México
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 108 min
Direção: Diego Quemada-Díez
Elenco: Brandon López, Rodolfo Domínguez e Karen Martínez.

Sinopse: as aventuras de três adolescentes que querem cruzar a fronteira mexicana para encontrar uma vida melhor nos Estados Unidos.

Crítica: destaque em vários festivais internacionais de cinema, incluindo o de Cannes, na França - onde os três protagonistas levaram o prêmio de melhor interpretação da mostra Um Certo Olhar -, "La Jaula de Oro", de Diego Quemada-Díez, levou dois prêmios na 37ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo. O longa conquistou prêmio da crítica, escolhido pelos jornalistas que cobrem o festival, e menção honrosa do júri.
O tema pode ser recorrente, mas a abordagem é outra. O sonho mexicano e centro-americano de cruzar a fronteira para tentar a vida nos Estados Unidos através do ponto de vista dos vizinhos pobres do sul, La Jaula de Oro adota a narrativa de road movie com muita ação e, sobretudo, realismo e crueza.
Três pré-adolescentes aventuram-se pela América Central adentro, sem dinheiro e sem comida, para enfrentar a travessia ilegal capaz de mudar o rumo de suas vidas.
Os guatemaltecos Juan (López) e Sara (Martínez) – travestida de menino para evitar abusos – e o índio Chauk (Domínguez) cruzam o México a pé e pegando carona em trens e caminhões com o objetivo de chegar aos EUA. Ignorantes da necessidade de um “coiote” para fazer sua travessia, eles acabam caindo nas mãos de um grupo de exploradores de imigrantes ilegais e são obrigados a lutar pela sobrevivência. Ao longo do caminho, o relacionamento adolescente vivido por Juan e Sara é abalado pelo envolvimento desta com Chauk, criando uma rivalidade imediata entre os dois rapazes.
Com roteiro eficiente e dramaticidade e sensibilidade na medida certa, o primeiro longa de Quemada-Diez merece aplausos. A fotografia (usando como cenário o deserto mexicano) dá ainda mais autenticidade às cenas – algumas com a violência inata aos acontecimentos, que não poderia deixar de ser mostrada ao espectador. Recomendado!


Avaliação: ***

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À Procura do Amor (Enough Said)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 94 min
Direção: Nicole Holofcener
ElencoJames Gandolfini, Julia Louis-Dreyfus, Catherine Keener e Toni Collette.

Sinopse: Eva é uma mulher divorciada e mãe solteira que teme a partida da sua filha para a faculdade. Ela logo começa um romance com Albert, um homem engraçado que está vivendo um momento muito parecido com o seu. Só que esse relacionamento será ameaçado com a chegada de sua nova cliente, Marianne, que é também ex-mulher de Albert.

Crítica: o filme é bem conduzido e encanta até quem não é muito fã de comédias românticas.
O cerne da obra está em mostrar as armadilhas e as expectativas do primeiro grande romance depois do casamento. Depois do casamento que não deu certo, das decepções, implicâncias e todo tipo de dificuldade da vida a dois, é normal ficar com muitas reservas quanto ao início de uma nova relação.
A narrativa, apesar de linear, está repleta de senso de humor, situações embaraçosas e diálogos e reflexões sobre a vida e o amor.
Eva (Julia Louis-Dreyfus) é uma massagista e mãe divorciada, cuja filha está prestes a ir para a faculdade. Conforme a solidão aumenta, ela procura conforto onde pode e, no processo, acaba sendo pega de surpresa ao se apaixonar por Albert (Gandolfini), homem fora dos padrões de beleza e com manias que levaram sua ex-mulher à loucura.
Tudo vai bem até ela descobrir que uma de suas clientes, Marianne (Catherine Keener), é ex-mulher de Albert. Ela expõe de forma tão pejorativa suas manias e defeitos que acaba por contaminar Eva.
A reviravolta é esperada, mas é feita de forma adulta e sensata. As subtramas envolvendo uma amiga da filha, a melhor amiga com problemas com a empregada são bem dosadas, sem interferir no foco da história que discute a felicidade a dois.
James Gandolfini está excelente no papel (pena que tenha sido seu último; o ator faleceu em junho deste ano), assim como Julia (conhecida pelas atuações em seriados). A química entre os dois funciona e tudo se desenrola naturalmente.

Avaliação: ***

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Histórias que Contamos – Minha Família (Stories We Tell)

País: Canadá
Ano: 2012
Gênero: Documentário
Duração: 108 min
Direção: Sarah Polley
Elenco: Sarah Polley e Peter Evans

Sinopse: a atriz, roteirista e diretora Sarah Polley entrevista uma série de parentes, investigando os segredos por trás de sua família. Parte de respostas contraditórias diante das mesmas perguntas. É o primeiro documentário de Polley.

Crítica: enquanto consolidava-se no mundo da sétima arte, a atriz e cineasta vivia um período conturbado em sua vida pessoal. E é justamente o que procura abordar em ‘Histórias Que Contamos – Minha Família’. O título nacional é bem claro, o filme é sobre a família de Polley. Ao ler sobre o projeto, podem surgir as dúvidas: por que a história dela merece ser contada?
Na verdade, por mais interessante que seja o caso, nada chama a atenção na história ao ponto de merecer um filme. O diferencial está na produção e na narrativa que dão um ar de documentário ao trabalho. Polley cresceu com uma dúvida em relação à sua origem. Determinado dia, decide descobrir a verdade. Ao contrário do que possa parecer, o longa também não é sobre a busca de uma verdade, mas sim a forma como se chega a ela.
A diretora ouve boa parte de seus familiares (entre eles, todos os seus irmãos) e outras pessoas que passaram pela vida de sua mãe, que faleceu de câncer quando ainda era uma criança.
Por mais que sejam pessoas de verdade, os entrevistados se revelam personagens cativantes. Como o assunto é bem particular, a maioria tenta abordar com humor, mas volta e meia acabam caindo em uma situação mais dramática. Portanto, aos mais sensíveis, é recomendado levar um lenço para ver o filme. Uma parte bem comovente é quando ela grava a narração em estúdio de seu pai, um escritor que produziu um texto dirigido à filha sobre o assunto.
Belo, interessante e delicado, trata-se de um documentário raro, sobre a memória de um núcleo familiar, que pode não interessar a todos, mas é exposto de uma forma que envolve o espectador (mesmo que o tempo se exceda um pouquinho; uns cortes seriam bem-vindos).


Avaliação: ***

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Um Estranho no Lago (L'inconnu du lac)

País: França
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 100 min
Direção: Alain Guiraudie
Elenco: Pierre Deladonchamps, Christophe Paou e Patrick d'Assumçao.

Sinopse: em pleno verão, um lago é o cenário para encontros sexuais entre homens desconhecidos. É onde Franck (Pierre Deladonchamps) conhece Michel (Christophe Paou) e se apaixona. Michel é um homem belo, charmoso e mortalmente perigoso. Franck sabe disso, mas decide viver essa paixão mesmo assim.

Crítica: o filme tem uma história simples, mas bela e contada de uma forma mais tocante ainda. O início tem uma cena que irá se tornar um dos pontos cruciais da trama.
Delicado, a direção é feliz ao apresentar o lago (na verdade, uma praia fluvial de nudistas) como que um personagem do filme, uma testemunha do que nos será apresentado. O cenário esboça um mundo alternativo e marginal, onde a homossexualidade parece ser o segredo de cada um que busca ali prazer.
Forte, mas necessário para que compreendemos os personagens da história. Bons diálogos e planos silenciosos que também dizem muita coisa.
As interpretações são o grande trunfo do filme, merecendo Pierre Deladonchamps (como Franck) e o personagem secundário vivido por Patrick D’Assumção, um homem de caráter assexuado ali presente que serve de ligação entre aquela praia e o mundo de fora.

Sem censura, pudores ou tabus (o longa tem cenas explícitas de sexo), a câmera mostra o que devemos ver: um mundo como outro qualquer, acima de qualquer convenção. O final não é claro, mas conduz a uma viagem emocional acerca de um ponto de discórdia no relacionamento entre os dois protagonistas.

Avaliação: ***

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Juan e Evita – Uma História de Amor

País: Argentina
Ano: 2011
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Paula de Luque
Elenco: Osmar Núñez, Julieta Diaz e Alfredo Casero.

Sinopse: em 1944, um terremoto na cidade argentina de San Juan acabou aproximando o coronel viúvo Juan Domingo Perón e a jovem atriz de rádio Eva Duarte, dando início à famosa história de amor abalada pela ditadura no país. O filme mostra o período de 18 meses no qual se consolidou o amor entre Evita e Perón.

Crítica: É bem provável que quase todos já tenham ouvido falar de Eva Perón, a ex-primeira-dama argentina que morreu aos 33 anos e ainda é endeusada pelos hermanos. Casada com o então presidente Juan Domingo Perón, ela foi seu braço direito ao longo do governo e conquistou imensa popularidade graças ao carisma e ao trabalho junto à população mais pobre. Entretanto, ‘Juan e Evita - Uma História de Amor’ trata da história quando o mito ainda não existia, quando Evita era simplesmente Evita.
O diferencial da película é mostrar uma mulher como outra qualquer, com caprichos, manias e defeitos, o lado mais humano, enfim, diferente do que foi mostrado até hoje. Acompanha, então, como a narradora de histórias românticas na rádio conhece e se apaixona pelo coronel do exército bem mais velho do que ela, que se aventurava na política local.
De qualquer forma, há algumas lacunas na trajetória de ambos. Por exemplo, como Perón adquiriu tamanha popularidade – sabe-se apenas que trabalhou por “questões trabalhistas”, um termo tão abrangente quanto vago – e o porquê de Eva ter pintado o cabelo de loiro – ela simplesmente pinta e pronto! Por outro lado, Juan e Evita peca bastante pela direção ingênua, uso de clichês e textos que lembram mais uma novela. O resultado soa amador, também devido à produção e à fotografia não muito compatíveis ao que se esperaria de uma obra assim.  
Mas, ainda assim, é válido acompanhar a união do casal em meio ao momento turbulento da Argentina, não apenas pelo lado do romance como pelo próprio interesse histórico. Como aspectos positivos, podemos citar o desfecho do filme, onde cenas documentais são inseridas em meio à ficção, dando uma dimensão melhor da força que teve Perón em sua época; e a atuação convincente dos protagonistas Osmar Núñez e Julieta Diaz.


Avaliação: ***

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Tatuagem

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 110 min
Direção: Hilton Lacerda
Elenco: Irandhir Santos, Jesuíta Barbosa e Rodrigo Garcia.

Sinopse: Brasil, 1978. A ditadura militar, ainda atuante, mostra sinais de esgotamento. Em um teatro/cabaré, localizado na periferia entre duas cidades do Nordeste do Brasil, um grupo de artistas provoca o poder e a moral estabelecida com seus espetáculos e interferências públicas.

Crítica: Recife há tempos se destaca com belos trabalhos no cinema. Agora é a vez de ‘Tatuagem’ que realmente consegue passar sua mensagem ao espectador na plateia. O curioso é notar que a transgressão e a ousadia do longa já não deveriam soar como tal nos dias de hoje, já que é ambientado no ano de 1978. Mas, excetuando-se a contextualização de época – o país estava sob o julgo dos militares – muito do que é mostrado no filme continua atual.
Somos apresentados ao grupo teatral Chão de Estrelas, que faz apresentações debochadas, repleta de cenas de nudez, palavrões e zombaria sem pudores e sem censura. É neste universo que se desenrola o romance entre Fininha (Jesuíta Barbosa), um jovem soldado do Exército, e Clécio (Irandhir Santos), líder do provocador grupo teatral.
Hilton Lacerda, roteirista de filmes como Baile Perfumado, Amarelo Manga e Febre do Rato, estreia na direção sem fazer concessões. Na tela explora os temas que lhe são caros sem maquiagem. O desprendimento vai das cenas de sexo quase explícitas entre homens até a crítica nada dissimulada a um sistema que cerceia as liberdades individuais em nome do que a sociedade considera "normal".
Uma necessidade libertária que ressoa atualmente, onde ainda se discute os direitos dos homossexuais, a truculência policial respaldada pelo Estado e a intolerância com a liberdade alheia.
Lacerda mostra-se um diretor capaz de arrancar o melhor de seus atores. Irandhir Santos está impecável. As cenas de intimidade entre seu personagem e do ator Jesuíta Barbosa são de imensa naturalidade. Outro ator que surpreende é Rodrigo Garcia, que interpreta a afetada Paulete, personagem difícil de ser conduzida por estar sempre na fronteira do caricato.
Em resumo, é um trabalho completo e imperdível.

Avaliação: ***

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Cidade Cinza

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Documentário
Duração: 80 min
Direção: Guilherme Valiengo e Marcelo Mesquita
Elenco: Os Gêmeos (Otávio e Gustavo Pandolfo), Nunca (Francisco Rodrigues da Silva) e Nina (Carina Pandolfo), Zefix e Finok.

Sinopse: os Gêmeos, Nunca e Nina, são artistas famosos no mundo todo por seu estilo de grafite. No exterior, suas obras são expostas em museus e galerias. Em São Paulo, sua cidade de origem, os seus grafites são pintados de cinza pela prefeitura. Ao som da trilha original de Criolo e Daniel Ganjaman, ‘Cidade Cinza’ acompanha a repintura de um enorme mural que foi apagado, abre nossos olhos para as cores deste grupo de artistas e questiona o cinza que cerca nossas vidas nas grandes metrópoles.

Crítica: Graffiti, manifestação silenciosa na selva de concreto. Esse é o tema do documentário, já exibido no Festival ‘É Tudo Verdade’ e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que narra os desdobramentos que houve com a chegada da Lei nº 14.223, a tão falada Lei da Cidade Limpa, em 2006, em que os muros de São Paulo que estão pichados e grafitados são pintados com uma mistura de cimento, deixando-os cinza. Com o objetivo de diminuir a poluição visual, além das pichações e grafites, a Lei proíbe as propagandas nas ruas, fachadas de estabelecimentos, entre outros.
O documentário mostra, claro, os principais trabalhos e o reconhecimento desses artistas lá fora, como em Berlim e Londres, por exemplo, e mescla com depoimentos dos próprios grafiteiros Os Gêmeos (Otávio e Gustavo Pandolfo), Nunca (Francisco Rodrigues da Silva) e Nina (Carina Pandolfo), que defendem sua arte como a ‘cara’ da megalópole. Suas declarações de amor pela arte são apoiadas por parentes, especialistas em arte, como o jornalista Fábio Cypriano, e certos moradores da cidade. Do outro lado, está a equipe terceirizada da Prefeitura responsável por apagar os desenhos dos muros.
Um desses trabalhos, o muro de 700 metros na ligação Leste-Oeste de SP, um dos pontos de maior movimento de carros, e que já era tradição na cidade, teria sido apagado por ‘engano’. Depois de muitos protestos e pressão da mídia, a prefeitura permite que o trabalho seja refeito, mas sem custear nada, e estabelece um prazo de 15 dias para a conclusão.
Além dos Gêmeos, do Nunca e da Nina, entram no projeto os grafiteiros Zefix e Finok (da nova geração).
A edição das imagens é muito eficiente, mostrando os contrastes entre o cinza e o colorido, assim como a edição das declarações de pós e contras. No fim, fica o questionamento ao espectador: arte ou poluição visual?


Avaliação: ***

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Azul é a Cor Mais Quente (La Vie D’Adèle)

País: França/Bélgica/Espanha
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 179 min
Direção: Abdellatif Kechiche
Elenco: Léa Seydoux, Adèle Exarchopoulos e Salim Kechiouche

Sinopse: garota de 15 anos descobre na cor azul dos cabelos de outra jovem a primeira paixão por uma mulher. Sem poder revelar a ninguém os desejos, ela se entrega a esse amor secreto, enquanto trava uma guerra com a família e com a moral vigente.

Crítica: o filme seria apenas uma história de amor entre Adèle e Emma se não fossem as longas (uma com quase dez minutos de duração) e explícitas cenas de sexo vividas entre as duas protagonistas. O diretor Abdellatif Kechiche pediu às duas atrizes o máximo de realismo possível.
As cenas mais tocantes são quando ocorre a separação das duas. Impossível não se comover com o término de um relacionamento tão intenso. As duas são bem diferentes: uma inexperiente, ainda decidindo que carreira levar e em constante busca de algo; a outra, vivida, decidida e já trabalhando como artista plástica.
Essa é uma das premissas da trama: mostrar as dificuldades de um amor entre pessoas tão diferentes e de ambientes igualmente distintos.
E, segundo o diretor, talvez tenha uma continuação, mas isso só daqui a uns cinco-seis anos.


Avaliação: ***

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Como Não Perder Essa Mulher (Don Jon)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 90 min
Direção: Joseph Gordon-Levitt
Elenco: Joseph Gordon-Levitt, Scarlett Johansson e Julianne Moore

Sinopse: Jon (Joseph Gordon-Levitt) mora sozinho e tem orgulho da vida que leva, sem se prender a alguém. Entretanto, sua vida muda após conhecer numa boate aquela que seria a mulher nota 10: Bárbara.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Vazio Coração

País: Brasil
Ano: 2012
Gênero: Drama
Duração: 90 min
Direção: Alberto Araújo
Elenco: Murilo Rosa, Othon Bastos e Bete Mendes.

Sinopse: cantor famoso decide fazer uma pausa na agenda para se encontrar com o pai. Entre de memórias e recordações, ambos tentaram se reconciliar e consertar uma relação despedaçada pelo tempo e por uma tragédia que nunca conseguiram superar.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Última Viagem a Vegas (Last Vegas)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 105 min
Direção: Jon Turteltaub
Elenco: Michael Douglas, Robert De Niro, Morgan Freeman e Kevin Kline.

Sinopse: três grandes amigos vão à cidade de Las Vegas para a despedida de solteiro de um quarto amigo do grupo, um solteirão convicto que decidiu se casar com uma garota muito mais jovem.

Crítica: o grande atrativo deste filme está apenas no seu elenco, nada mais. Ver Michael Douglas, Robert De Niro, Morgan Freeman e Kevin Kline contracenando até que compensa (relativamente) o fraco roteiro de Última Viagem a Vegas, espécie de ‘Se Beber Não Case da terceira idade’, mas com humor instável.
Eles são Billy, Paddy, Archie e Sam, amigos de infância que cresceram juntos em Nova York. O grupo, que se autointitulava Flatbush 4, se desfez com o fim da infância e cada um seguiu seu rumo. O reencontro acontece 58 anos depois.
Sam (Kline) é um aposentado que vive na Flórida com sua esposa Miriam (Joanna Gleason). Sua rotina é participar de eventos sociais sem graça rodeado de idosos que o fazem se sentir ainda mais velho. Archie (Freeman) vive em New Jersey sendo tratado como um bebê por seu filho preocupado em excesso com sua saúde frágil. Se há algo de positivo que se pode dizer sobre a vida de Sam e Archie, é que pelo menos ambos têm pessoas que se preocupam com eles.
Paddy (De Niro) nem sequer tem isso. Ele se enterrou em seu apartamento no Brooklyn depois do falecimento de sua adorada mulher. Passa os dias prostrado numa cadeira, vestindo um roupão surrado, e cercado de porta-retratos da esposa.
O único que parece viver uma boa vida é Billy (Douglas). Ele é rico, bem de saúde, e está prestes a se casar com uma bela mulher com a metade de sua idade. E é o casório que faz os amigos se reunirem depois de muitos anos para uma despedida de solteiro em Las Vegas.
O roteiro não aproveita as oportunidades e tem dificuldade em criar situações cômicas e piadas engraçadas. A maioria delas é fraca e não funciona.
Para piorar, Última Viagem a Vegas resolve falar de amor. Aquele amor romântico e irreal que o cinema adora explorar, mas que aqui não há mais espaço para ele.
Última Viagem a Vegas teria sido muito mais eficiente se tivesse explorado tão somente a história de quatro amigos de velha data (e idade avançada) que se reúnem para reviverem os prazeres esquecidos da juventude. Entre uma coisa e outra, acabou sem definição.  


Avaliação: **

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Sobrenatural – Capítulo 2 (Insidious: Chapter 2)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Terror
Duração: 105 min
Direção: James Wan
Elenco: Patrick Wilson, Rose Byrne e Ty Simpkins.

Sinopse: uma família tenta descobrir o misterioso segredo que os deixa eternamente ligados ao mundo espiritual. Entre os sustos e os entes sobrenaturais, o filme consolida a fórmula de terror vintage de James Wan.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Meu Passado me Condena

País: Brasil
Ano: 2013
Gênero: Comédia
Duração: 102 min
Direção: Julia Rezende
Elenco: Fábio Porchat, Miá Mello e Marcelo Valle.

Sinopse: quando Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) se encontram, é amor à primeira vista. Eles se casam um mês depois de se conhecerem e decidem viajar à Europa em um cruzeiro em lua de mel. Só que, durante a viagem, eles encontram seus antigos namorados.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Questão de Tempo (About Time)

País: Reino Unido
Ano: 2013
Gênero: Drama
Duração: 123 min
Direção: Richard Curtis
Elenco: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams e Bill Nighy.

Sinopse: jovem descobre que é descendente de uma família de viajantes do tempo que usam o poder para ajudar o mundo. Porém, ele acaba utilizando esse dom em proveito próprio, para conquistar uma grande paixão.

Crítica:

Avaliação: a conferir 

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Carrie, A Estranha (Carrie)

País: Áustria
Ano: 2013
Gênero: Terror
Duração: Kimberly Pierce
Direção: 100 min
Elenco: Chloë Grace Moretz, Julianne Moore e Judy Greer.

Sinopse: Carrie retrata um grande desastre ocorrido na cidade americana de Chamberlain, Maine, destruída pela jovem Carietta White. Nos anos anteriores à tragédia, a adolescente foi oprimida pela sua mãe, Margaret, uma fanática religiosa.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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Thor – O Mundo Sombrio (The Dark World)

País: EUA
Ano: 2013
Gênero: Ação
Duração: 11 min
Direção: Alan Daylor
Elenco: Chris Hemsworth, Natalie Portman e Stellan Skarsgard.

Sinopse: Thor luta para restaurar o equilíbrio em todo o cosmo. Mas um grupo, liderado pelo vingativo Malekith, retorna para afundar novamente o universo em escuridão.

Crítica:

Avaliação: a conferir

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