Histórias que Contamos – Minha Família (Stories We Tell)
País: Canadá
Ano:
2012
Gênero: Documentário
Duração: 108
min
Direção: Sarah
Polley
Elenco: Sarah
Polley e Peter Evans
Sinopse: a atriz, roteirista e diretora Sarah Polley
entrevista uma série de parentes, investigando os segredos por trás de sua
família. Parte de respostas contraditórias diante das mesmas perguntas. É o primeiro
documentário de Polley.
Crítica: enquanto consolidava-se no mundo da sétima
arte, a atriz e cineasta vivia um período conturbado em sua vida pessoal. E é
justamente o que procura abordar em ‘Histórias Que Contamos – Minha Família’. O
título nacional é bem claro, o filme é sobre a família de Polley. Ao ler sobre
o projeto, podem surgir as dúvidas: por que a história dela merece ser contada?
Na verdade, por mais
interessante que seja o caso, nada chama a atenção na história ao ponto de
merecer um filme. O diferencial está na produção e na narrativa que dão um ar
de documentário ao trabalho. Polley cresceu com uma dúvida em relação à sua
origem. Determinado dia, decide descobrir a verdade. Ao contrário do que possa
parecer, o longa também não é sobre a busca de uma verdade, mas sim a forma
como se chega a ela.
A diretora ouve boa parte
de seus familiares (entre eles, todos os seus irmãos) e outras pessoas que
passaram pela vida de sua mãe, que faleceu de câncer quando ainda era uma
criança.
Por mais que sejam pessoas
de verdade, os entrevistados se revelam personagens cativantes.
Como o assunto é bem particular, a maioria tenta abordar com humor, mas volta e
meia acabam caindo em uma situação mais dramática. Portanto, aos mais
sensíveis, é recomendado levar um lenço para ver o filme. Uma parte bem
comovente é quando ela grava a narração em estúdio de seu pai, um escritor que
produziu um texto dirigido à filha sobre o assunto.
Belo, interessante e
delicado, trata-se de um documentário raro, sobre a memória de um núcleo
familiar, que pode não interessar a todos, mas é exposto de uma forma que envolve
o espectador (mesmo que o tempo se exceda um pouquinho; uns cortes seriam
bem-vindos).
Avaliação:
***
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