Habi – A Estrangeira
País: Argentina/Brasil
Ano:
2013
Gênero: Drama
Duração:
92 min
Direção: Maria
Florencia Alvarez
Elenco: Martina
Juncadella, Martin Slipak e Maria Luísa Mendonça.
Sinopse: aos 20 anos de idade, Analía sempre morou em
uma pequena cidade do interior da Argentina. Ela decide fazer uma viagem a
Buenos Aires, onde fica impressionada com o local. Acidentalmente, Analía entra
em um velório muçulmano, sendo recebida pelos presentes com ternura e respeito.
Intrigada, a garota decide permanecer na cidade, frequentando cada vez mais a
comunidade islâmica. Ela adota o nome Habiba Rafat, passa a trabalhar em um
comércio árabe e se apaixona. Mas como esquecer o passado, e como adotar uma
nova identidade?
Crítica: a passagem entre a adolescência e a vida
adulta, marcada por fortes emoções e atitudes precipitadas, é mais uma vez abordada,
mas de forma bem original e pouco provável. A direção, de forma inteligente,
levanta com leveza e simplicidade a contemporânea discussão sobre o choque
entre diferentes culturas.
Analia (Martina Juncadella)
é uma jovem argentina prestes a assumir o salão de cabeleireiro de sua família,
legado financeiro e vocacional construído por sua mãe, que deposita todas as
esperanças possíveis em seu futuro. Mas o que ela tem mais ainda é vontade de
viver a vida que escolheu, de qualquer que seja a natureza. Isso acontece
quando ela vai a Buenos Aires entregar peças de artesanato a mando de sua mãe e
descobre a comunidade muçulmana, que a encanta profundamente, tanto que ela
assume outra identidade, com o nome de “Habiba” Inscreve-se em aulas de árabe,
veste-se com a roupa típica e passa a frequentar a mesquita.
Mas essa decisão trará
algumas consequências desagradáveis, sobretudo ao conhecer um rapaz.
Enquanto não se decide em
dizer à mãe o que realmente decide para sua vida, vai ficando em uma pensão em
Buenos Aires. Sua vizinha de quarto, Margarita (Maria Luísa Mendonça), a
brasileira radicada em Buenos Aires que vive em estado de guerra com seu
namorado violento, é o oposto do que está traçando para sua vida. Margarita
sai, dança, chora, esperneia, grita. Isso tudo mexe com a adolescente.
No momento certo, ela
saberá consertar seus erros e seguir adiante, sendo ela mesma.
Uma história simples, mas que
requer um pouco de paciência do espectador mais desavisado: as sequências têm
um ritmo mais lento e há momentos de contemplação, como por exemplo, quando Anália
ou Habiba ouve o imã profetizar seu sermão, ou quando vê uma mulher muçulmana
entoar um cântico árabe.
Avaliação:
***
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