Capitão Phillips (Captain Phillips)
País: EUA
Ano:
2013
Gênero: Drama
Duração: 134
min
Direção: Paul
Greengrass
Elenco: Tom Hanks,
Catherine Keener e David Warshofsky.
Sinopse: Capitão Phillips é um exame em múltiplas
camadas do sequestro do cargueiro norte-americano Maersk Alabama, em 2009, por
um grupo de piratas somalis. Sob a direção característica do diretor Paul
Greengrass, o filme é simultaneamente um thriller em ritmo pulsante e um
retrato completo dos múltiplos efeitos da globalização. O filme se concentra na
relação entre o comandante do Alabama, o capitão Richard Phillips (o ganhador
de dois Oscars, Tom Hanks), e o capitão pirata somali, Muse (Barkhad Abdi) que
o toma como refém. Os dois entram em uma inevitável rota de colisão quando Muse
e sua tripulação decidem colocar em sua mira o navio desarmado comandado por
Phillips. E no impasse que se segue, ao longo de 145 milhas da costa da Somália,
os dois irão encontrar-se à mercê de forças que vão além de seu controle.
Crítica: Quatro anos após estampar as manchetes de todo o
mundo, o sequestro do capitão Richard Phillips chega às telonas pelas mãos do
especialista em adaptações de histórias reais, Paul Greengrass. E outro
especialista em atuar foi chamado para ser o protagonista: Tom Hanks.
O filme é tenso, com situações extremas, medo, e tudo
isso é acompanhado por duas horas pelo público vidrado na tela.
Ainda a caminho do aeroporto, Phillips tem uma
conversa casual com a esposa (Catherine Keener) sobre o futuro dos filhos.
Entretanto, fica clara a apreensão de ambos com a tarefa adiante, na qual ele
precisará passar pela costa da Somália, região conhecida pela grande atividade
de piratas.
A preocupação se torna realidade quando, em alto-mar,
o navio Maersk Alabama é atacado por duas lanchas piratas. A cena acompanha a
intensa disputa entre capitães e digna de filmes da série Identidade Bourne,
dos quais dois também foram dirigidos por Greengrass. O capitão Phillips faz de
tudo para impedir que os piratas ingressem no navio, mas por fim os destemidos
piratas vencem.
Daí em diante, o clímax é total. O navio, que nos
parecia gigante, torna-se pequeno e claustrofóbico. Para manter os demais
tripulantes vivos, o capitão os esconde em um compartimento. De frente com seu
antagonista, chefe do grupo, tenta manter a calma. As cenas olho no olho são
ótimas e demonstram a força de Muse (o somali Barkhad Abdi) e Hanks. A atuação dos
dois é tão natural e surpreendente que não será surpresa se os dois forem
indicados ao Globo de Ouro e ao Oscar.
Até o desfecho da história, ainda com muito
sofrimento, há um certo exagero de americanismo,
o que já era de se esperar. Mas, nos diálogos, explora-se bem o sofrimento do
povo somali e as razões desse grupo estar ali sequestrando o capitão de um
navio. Jovens que arriscam tudo com a esperança de ser feliz, de ter algo que
nunca tiveram, independente de como seja.
Avaliação:
****
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