segunda-feira, 7 de julho de 2014

A Festa de Babette (Babettes Gaestebud)

País: Dinamarca/França
Ano: 1987
Gênero: Drama
Duração: 102 min
Direção: Gabriel Axel
Elenco: Bibi Andersson, Birgitte Federspiel, Bodil Kjer, Ebbe Rode, Stéphane Audran Gudmar Wivesson, Jarl Kulle e Jean-Philippe Lafont.

Sinopse: duas adolescentes, Martine e Filippa (Birgitte Federspiel e Bodil Kjer) vivem com o pai, um rigoroso pastor luterano, em um pequeno vilarejo da costa dinamarquesa. Em uma noite de 1871, bate à sua porta uma parisiense pedindo refúgio: Babette (Stéphane Audran) foge da repressão à Comuna de Paris e se oferece para ser a cozinheira e faxineira da família. Muitos anos depois, ainda trabalhando na casa, ela recebe a notícia de que ganhara uma fortuna numa loteria em Paris. Em vez de voltar à terra natal, resolve ficar e gastar o dinheiro em um autêntico jantar francês que oferece à comunidade, aproveitando para comemorar o centésimo aniversário do pastor. Seu banquete impressinou os convidados. Babette foi chef de cozinha francesa e trabalhou no chique Café Anglais (que existiu de verdade). O diretor trata a comida como "forma de elevação espiritual".

Crítica: adaptado da obra de Karen Blixen, cujo pseudônimo era Isak Dinesen (o anonimato se justifica, uma vez que mulheres escritoras não seriam vistas de forma “positiva” em uma sociedade machista e hipócrita), o filme é um clássico e surpreendeu à época e ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro (também premiado em Cannes e no Bafta), por fugir dos padrões hollywoodianos de então.
A trama se passa na península da Dinamarca, no Vilarejo de Jutlândia, no século XIX e tem como principal foco o comportamento em sociedade das pessoas desta localidade, que vivem influenciada pela doutrina protestante regida pelo pastor que tem duas filhas, igualmente ‘carolas’: Filippa e Martine.
Jovens da região e até dois estrangeiros – um jovem oficial das Forças Armadas e um cantor de ópera, ficaram fascinados com a beleza das moças e o segundo, em especial, com a voz de uma delas também, tanto que sua ideia era levá-la para cantar em Paris.
O oficial acaba rendendo-se à sua ambição de obter glórias e reconhecimento e parte, mesmo porque não havia indícios de um romance à vista com pai tão rigoroso a ‘cuidar’ de suas filhas.
Os anos passagem e o cantor de ópera envia uma carta à sua admirada pedindo que acolhesse uma amiga sua francesa (Babette) que perdera toda a família na Guerra Civil. Assim, a francesa passa a cozinhar para elas em troca de um lar somente.
Um belo dia, ela recebe a notícia de ter ganho 10.000 francos na loteria (um bilhete seu era sempre renovado por alguém que ficou em Paris) e, em vez de ir embora, ela permanece e pede para oferecer um jantar em homenagem ao 100º aniversário do pastor, pai de Filippa e Martine, que já estava programado. No entanto, seria uma cerimônia simples, como a que se repetia a cada ano após seu falecimento.
A surpresa é guardada para o final – uma revelação de Babette e o que um jantar especial pode causar nas pessoas. Num vilarejo tão religioso, onde qualquer esbanjamento seria passível de punição, a gula trará outros sentimentos e desejos à tona e mostrará que é possível viver-se de outro modo, não tão atrelado ao que a igreja prega.

Avaliação: ***

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