Bem-Vindo a Saravejo (Welcome to Saravejo)
País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama
Duração: 103
min
Direção: Michael
Winterbottom
Elenco: Stephen
Dillane, Woody Harrelson, Marisa Tomei, Emily Lloyd, Emira Nusevic, Goran
Visnjic, Igor Dzambazov,James Nesbitt e Kerry Fox.
Sinopse: os jornalistas Flynn (Woody Harrelson), dos
Estados Unidos, e Michael Henderson (Stephen Dillane), da Inglaterra,
encontram-se no início da Guerra da Bósnia, em Saravejo. Durante suas
reportagens, eles encontram uma órfã, Emira (Emira Nusevic). Henderson acaba se
envolvendo com os problemas da menina e decide levá-la ilegamente para a
Inglaterra, ajudado pela americana Nina (Marisa Tomei).
Crítica: ambientado durante a Guerra da Bósnia, o filme
é baseado em um livro do jornalista britânico Michael Nicholson, Natasha’s
Story.
A obra se passa em 1992,
ano em que teve início o estado de sítio que transformou a cidade cosmopolita
de Sarajevo em um campo de batalha. Num lugar onde vizinhos matam vizinhos e
ninguém está a salvo. Todos se vendem para conseguir qualquer coisa: cigarros,
comida, produtos de higiene, um favor aqui outro ali.
Aborda os desastres dos
combates nos Bálcãs através da ótica de jornalistas estrangeiros atuando na
zona de conflito onde a relação conflituosa (ajudar ou só registrar) dos
jornalistas com a tragédia que presenciam é um dos focos do longa. São usadas
imagens reais de arquivo que mostram a crueldade humana. Nota-se a exploração das
cenas pelos jornalistas para simplesmente ors
Woody Harrelson (Flynn) vive
um astro do jornalismo tentando se autopromover com a situação ao arriscar-se no
resgate do corpo de uma senhora atingida por um franco-atirador. Já Henderson (Stephen
Dillane), um correspondente inglês que com sua equipe atravessa Sarajevo
diariamente em carros blindados e protegido por coletes à prova de balas, tenta
por meio de suas matérias comover o mundo da urgência de resolver o conflito e,
ao menos, salvar as crianças órfãs que vivem em um orfanato que, inclusive, é atingido
por bombas. Uma, em especial, impressiona Henderson, que tem 2 filhos na
Inglaterra, e o faz buscar uma alternativa para tirá-la daquele lugar de horror.
As reações são distintas
diante de uma política e uma burocracia que parecem não ver o estado de
emergência da região. Enquanto se discute e espera, milhares são mortos ou
feridos. Quanto às crianças, por exemplo, a guerra tirou a vida de 16.000 delas.
Um intérprete local ajuda
os jornalistas no contato com a população a fim de registrar imagens e colher
depoimentos.
Enfim, o filme é o retrato
da triste guerra da Bósnia, a reflexão sobre o papel do jornalismo e a pergunta
para o que não conseguimos entender: por que mais uma ação estúpida do homem
que afirmou que, após a Segunda Guerra Mundial, atos genocidas não se repetiriam.
Avaliação: ***
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