segunda-feira, 7 de julho de 2014

Bem-Vindo a Saravejo (Welcome to Saravejo)

País: EUA
Ano: 1997
Gênero: Drama
Duração: 103 min
Direção: Michael Winterbottom
Elenco: Stephen Dillane, Woody Harrelson, Marisa Tomei, Emily Lloyd, Emira Nusevic, Goran Visnjic, Igor Dzambazov,James Nesbitt e Kerry Fox.

Sinopse: os jornalistas Flynn (Woody Harrelson), dos Estados Unidos, e Michael Henderson (Stephen Dillane), da Inglaterra, encontram-se no início da Guerra da Bósnia, em Saravejo. Durante suas reportagens, eles encontram uma órfã, Emira (Emira Nusevic). Henderson acaba se envolvendo com os problemas da menina e decide levá-la ilegamente para a Inglaterra, ajudado pela americana Nina (Marisa Tomei).

Crítica: ambientado durante a Guerra da Bósnia, o filme é baseado em um livro do jornalista britânico Michael Nicholson, Natasha’s Story. 
A obra se passa em 1992, ano em que teve início o estado de sítio que transformou a cidade cosmopolita de Sarajevo em um campo de batalha. Num lugar onde vizinhos matam vizinhos e ninguém está a salvo. Todos se vendem para conseguir qualquer coisa: cigarros, comida, produtos de higiene, um favor aqui outro ali. 
Aborda os desastres dos combates nos Bálcãs através da ótica de jornalistas estrangeiros atuando na zona de conflito onde a relação conflituosa (ajudar ou só registrar) dos jornalistas com a tragédia que presenciam é um dos focos do longa. São usadas imagens reais de arquivo que mostram a crueldade humana. Nota-se a exploração das cenas pelos jornalistas para simplesmente ors
Woody Harrelson (Flynn) vive um astro do jornalismo tentando se autopromover com a situação ao arriscar-se no resgate do corpo de uma senhora atingida por um franco-atirador. Já Henderson (Stephen Dillane), um correspondente inglês que com sua equipe atravessa Sarajevo diariamente em carros blindados e protegido por coletes à prova de balas, tenta por meio de suas matérias comover o mundo da urgência de resolver o conflito e, ao menos, salvar as crianças órfãs que vivem em um orfanato que, inclusive, é atingido por bombas. Uma, em especial, impressiona Henderson, que tem 2 filhos na Inglaterra, e o faz buscar uma alternativa para tirá-la daquele lugar de horror.  
As reações são distintas diante de uma política e uma burocracia que parecem não ver o estado de emergência da região. Enquanto se discute e espera, milhares são mortos ou feridos. Quanto às crianças, por exemplo, a guerra tirou a vida de 16.000 delas.
Um intérprete local ajuda os jornalistas no contato com a população a fim de registrar imagens e colher depoimentos.
Enfim, o filme é o retrato da triste guerra da Bósnia, a reflexão sobre o papel do jornalismo e a pergunta para o que não conseguimos entender: por que mais uma ação estúpida do homem que afirmou que, após a Segunda Guerra Mundial, atos genocidas não se repetiriam.

Avaliação: ***

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