Feitiço do Tempo (Groundhog Day)

País: EUA

Ano: 1993

Gênero: Comédia

Duração: 103 min

Direção: Harold Ramis

Elenco: Bill Murray, Andie MacDowell e Stephen Tobolowsky.

Sinopse: um repórter (Bill Murray) de televisão que faz previsões de meteorologia vai a uma pequena cidade fazer uma matéria especial sobre o celebrado "Dia da marmota". Pretendendo ir embora o mais rapidamente possível, ele inexplicavelmente fica preso no tempo, condenado a vivenciar para sempre os eventos daquele dia.

Crítica: a comédia conta a história do egocêntrico Phil Connors (Murray), um jornalista frustrado com o seu emprego que, para sua ira, vai cobrir pela quarta vez consecutiva o “Dia da Marmota” – festividade de uma pequena cidade norte-americana, na qual uma marmota diz se o inverno continuará ou não. O pior é que, inexplicavelmente, Phil fica preso no tempo, acordando sempre no mesmo dia: o “Dia da Marmota”.

Mas a situação nada tem de surreal. A repetição dos dias não recebe nenhuma atribuição mágica e a narrativa linear evita que o público se perca. O fato de repetir não torna o longa cansativo, devido à excelente edição, direção e roteiro. Além disso, outro destaque são os diálogos afinadíssimos e as situações hilárias, sobretudo quando ele tenta seduzir sua colega de trabalho, Rita (Andie MacDowell).

O propósito da trama é transmitir uma mensagem positiva e educativa, o que de fato ocorre. No primeiro momento, ele odeia tudo aquilo, afinal, está preso no pior dia de sua vida. A seguir, começa a usar sua “maldição” para benefício próprio (é esse o momento mais engraçado do filme). E, finalmente, adota uma postura mais altruísta, deixando de pensar apenas em si, se importando mais com as outras pessoas. Tal transformação é muito bem interpretada por Murray, que, mesmo ao fim da trama, não perde ainda um pouco do ar insolente de seu personagem.

O bom texto e a atuação bastante inspirada de Bill Murray (a melhor de sua carreira) são razões mais que suficientes para assistir à película.

Avaliação: ***