Ausência
País: Brasil/Chile/França
Ano:
2015
Gênero: Drama
Duração: 87
min
Direção: Chico
Teixeira
Elenco: Matheus Fagundes, Irandhir Santos, Gilda
Nomacce, Francisca Gavilán e Antonio Ravan.
Sinopse: Serginho (Matheus Fagundes) é um menino de 14
anos muito mais maduro que os outros jovens de sua idade. Ele cuida de seu
irmão mais novo, Wiliam, e de sua mãe ausente e alcoólatra, Luzia.
Trabalhando em uma barraca de feira com seu tio Lazinho (Antonio Ravan), ele
só se diverte ao lado de Mudinho, um amigo com quem divide sua intimidade. O
único adulto com quem Serginho tem um relacionamento de afeto é o professor
Ney (Irandhir Santos), que o ajuda com o dever de casa durante à noite. A confusão
entre o despertar de sua sexualidade e a busca de uma figura paterna faz
Serginho perceber que ele está sozinho no mundo.
Crítica: o diretor Chico Teixeira, que dirigiu também “A
Casa de Alice” (2007), nos apresenta uma obra comovente e carregada de emoção,
que levou o prêmio de Melhor Filme do Festival de Cinema de Gramado de 2015.
A obra acompanha Serginho
(Matheus Fagundes) em sua transição da fase adolescente para a adulta. Responsável,
cuida do irmão mais novo, ajuda a mãe (Gilda Nomacce, em uma atuação ruim) que é alcoólatra e trabalha na feira com o
tio para ganhar algum dinheiro e colaborar com as despesas da casa.
Seu melhor amigo é Mudinho,
que tem problema na fala. Ele passa a se interessar por uma menina que também
trabalha na feria, mas não sabe como chegar até ela.
Não tem frequentado a escola
e quem o aconselha é um professor (Irandhir Santos) que lhe dá alguma atenção e
compra dele produtos que vende na feira.
Não tem notícia alguma do
pai e seu mundo parece desabar quando sua mãe comunica que irá para a casa da
mãe, na Bahia, e que levará seu irmão menor. Ele terá, então, que morar com o
tio.
Serginho tem poucas
distrações. Uma delas é um circo que está na cidade.
Sozinho, ele precisa tomar
um rumo e decidir o que fazer da vida com apenas 16 anos. Um retrato dolorido
da juventude de muitos meninos e meninas do Brasil que moram na periferia e têm
poucas opções.
Uma trama singela, mas
forte, marcada pela interpretação bastante profissional de Matheus Fagundes.
Avaliação: ***
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