Dior e Eu (Dior and I)
País: França
Ano:
2014
Gênero: Documentário
Duração: 84
min
Direção: Frédéric
Tcheng
Elenco: -
Sinopse: o que há por trás dos manequins da primeira
coleção de alta costura do estilista Raf Simons para a marca Dior. Com pleno
acesso ao dia a dia da equipe, concedido pelo estilista em seu primeiro ano
como diretor de arte da marca, as câmeras puderam retratar as pressões e
agitações de uma das maiores representações do mundo da moda.
Crítica: Dior e Eu é um documentário que chama a
atenção por mostrar um pouco do funcionamento interno da Dior e todas as
tensões vésperas de um desfile.
Afora o glamour das
passarelas, os desfiles têm todo um preparo anterior que requer muito trabalho,
esforço e pressão causado pelo tempo e pela obrigação de sempre inovar e lançar
tendências para a moda mundial.
Entretanto, por mais que as
aparências indiquem um clima de festa constante, nem sempre é assim nos
bastidores. É este olhar interno o trunfo do documentário Dior e Eu, que revela
as dificuldades e tensões existentes ao longo da elaboração de um badalado
desfile de alta costura.
O filme concentra-se em um
momento específico: o primeiro desfile comandado pelo estilista belga Raf
Simons, contratado pela Dior após a polêmica demissão de John Galliano, que
desferiu insultos antissemitas em um bar francês. Sem qualquer experiência na
alta costura e precisando criar um desfile em apenas oito semanas, Raf enfrenta
as dificuldades inerentes não apenas da própria criação em um prazo apertado,
mas também da adaptação de seu método de trabalho ao da equipe já estabelecida
na Dior (e vice-versa). Os empregados falam do tempo que estão na empresa e de
como é, agora, trabalhar com o novo estilista.
Outro aspecto abordado é a
necessidade de cuidar de grandes clientes e suas encomendas, que gastam
centenas de milhares de dólares por ano.
O documentário faz uma
grande publicidade da Dior. No início do documentário, o próprio Christian Dior
narra a criação de sua maison. O fundador é uma presença constante no
longa-metragem, seja através do impacto de seus ideais em valorizar as linhas
femininas como uma herança a ser seguida pelos sucessores ou pela própria
importância que teve. Funcionários brincam que ele passeia pelos corredores da
empresa, como fantasma, enquanto o próprio Raf sente-se assombrado por seus
interesses.
Mas toda essa reverência e
louvor exagerado pela marca cansa um pouco o espectador. Não é um filme
impactante como seus antecessores da moda, já exibidos no cinema: Chanel e Yves Saint Laurent.
Avaliação: **
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