quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Dior e Eu (Dior and I)

País: França
Ano: 2014
Gênero: Documentário
Duração: 84 min
Direção: Frédéric Tcheng
Elenco: -

Sinopse: o que há por trás dos manequins da primeira coleção de alta costura do estilista Raf Simons para a marca Dior. Com pleno acesso ao dia a dia da equipe, concedido pelo estilista em seu primeiro ano como diretor de arte da marca, as câmeras puderam retratar as pressões e agitações de uma das maiores representações do mundo da moda.

Crítica: Dior e Eu é um documentário que chama a atenção por mostrar um pouco do funcionamento interno da Dior e todas as tensões vésperas de um desfile.
Afora o glamour das passarelas, os desfiles têm todo um preparo anterior que requer muito trabalho, esforço e pressão causado pelo tempo e pela obrigação de sempre inovar e lançar tendências para a moda mundial.
Entretanto, por mais que as aparências indiquem um clima de festa constante, nem sempre é assim nos bastidores. É este olhar interno o trunfo do documentário Dior e Eu, que revela as dificuldades e tensões existentes ao longo da elaboração de um badalado desfile de alta costura.
O filme concentra-se em um momento específico: o primeiro desfile comandado pelo estilista belga Raf Simons, contratado pela Dior após a polêmica demissão de John Galliano, que desferiu insultos antissemitas em um bar francês. Sem qualquer experiência na alta costura e precisando criar um desfile em apenas oito semanas, Raf enfrenta as dificuldades inerentes não apenas da própria criação em um prazo apertado, mas também da adaptação de seu método de trabalho ao da equipe já estabelecida na Dior (e vice-versa). Os empregados falam do tempo que estão na empresa e de como é, agora, trabalhar com o novo estilista.
Outro aspecto abordado é a necessidade de cuidar de grandes clientes e suas encomendas, que gastam centenas de milhares de dólares por ano.
O documentário faz uma grande publicidade da Dior. No início do documentário, o próprio Christian Dior narra a criação de sua maison. O fundador é uma presença constante no longa-metragem, seja através do impacto de seus ideais em valorizar as linhas femininas como uma herança a ser seguida pelos sucessores ou pela própria importância que teve. Funcionários brincam que ele passeia pelos corredores da empresa, como fantasma, enquanto o próprio Raf sente-se assombrado por seus interesses.
Mas toda essa reverência e louvor exagerado pela marca cansa um pouco o espectador. Não é um filme impactante como seus antecessores da moda, já exibidos no cinema: Chanel e Yves Saint Laurent.

Avaliação: **

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