Betinho – A Esperança Equilibrista
País: Brasil
Ano:
2015
Gênero: Documentário
Duração: 90
min
Direção: Victor
Lopes
Elenco: -
Sinopse: o documentário aborda a vida do sociólogo
Hebert de Souza, conhecido como Betinho. Engajado politicamente desde sua
adolescência, Betinho também foi um ativista. Sofreu as consequências da
Ditadura Militar sendo exilado, inclusive, foi homenageado na música "O
Bêbado e o Equilibrista", de Elis Regina. Antes da sua morte em 1997, o
brasileiro iniciou campanhas contra a AIDS e a fome, além de fundar o IBASE,
um instituto para pesquisas de ações governamentais.
Crítica: demorou para o cinema homenagear um personagem
marcante na história do Brasil, mas enfim chegou a hora.
Comovente como não poderia
deixar de ser, pela carga dramática que envolveu a vida do sociólogo e ativista
dos direitos humanos. Concebeu e dedicou-se ao projeto Ação da Cidadania contra
a Fome, a Miséria e pela Vida, lançado em 1993 com o objetivo de mobilizar
todos os segmentos da sociedade brasileira na busca de soluções para as
questões da fome e da miséria e estimular a participação cidadã na construção e
melhoria das políticas públicas sociais.
O movimento atua através de
comitês locais: cidadãos solidários que se mobilizam para por toda a nação.
Todos os estados brasileiros têm comitês regionais da Ação da Cidadania e
promovem ações conjuntas integradas pela coordenação nacional, com sede no Rio
de Janeiro. Os comitês locais atuam junto às famílias, promovendo ações
assistenciais nas mais diversas áreas, como doação de alimentos, geração de
emprego e renda, educação, creches, esporte e lazer, arte e cultura, saúde,
assistência à população de rua e outras.
Dentre essas atividades
conjuntas está a realização da Campanha Natal sem Fome, que entre 1993 e 2005
arrecadou mais e 30 mil toneladas de alimentos, doando-as para mais de 15
milhões de pessoas pobres, para denunciar a falta de políticas públicas
efetivas de combate à fome.
O longa-metragem tem início
pelo “final” (seu enterro e sua “música tema” - “O Bêbado e o Equilibrista”,
“um hino da anistia"). Muitas imagens de arquivo e depoimentos (amigos,
familiares, políticos) contam o fato de ter “nascido hemofílico - com
perspectiva de morte; ter vencido a tuberculose; ter vivido na clandestinidade
e superado o exílio no Chile; e sua difícil luta contra a Aids. Retratam ainda sua
militância e engajamento político.
Betinho nunca perdeu a
esperança e o humor (uma poderosa arma para enfrentar as dificuldades) sempre
se comportando como um “equilibrista”, um líder, uma pessoa pública que, de
fato, arregaçou as mangas e não se deu por vencido, tampouco vitimado.
Avaliação:
****
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